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Editorial

Usar cerol é brincar com o “perigo” e com a vida dos outros

O acidente sofrido por Adriana Nunes deve ser um sinal vermelho para que pais e responsáveis por crianças e adolescentes, e até mesmo adultos que “empinam” pipa com cerol, não mais façam este ato que é crime sujeito a multa de mais de R$ 1 mil. Além da questão financeira, nem uma brincadeira ou hobby justifica colocar a vida de pessoas em risco

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Um acidente em Paranaguá ocorrido na quinta-feira, 5, chamou a atenção não somente pela questão do trânsito, como também pelo fato de que o que é tido como “brincadeira” por certas crianças e até mesmo adultos, ocasiona risco de vida e à integridade física dos cidadãos diariamente. A motociclista Adriana de Andrade Nunes teve ferimentos sérios no rosto causados por um fio de pipa com cerol quando trafegava no Jardim Iguaçu. A sorte é que Adriana conseguiu desviar a tempo, evitando ferimentos maiores e até mesmo o risco de perder a sua vida.

Há coisas que infelizmente acontecem, mas que devem servir de alerta para nós, como sociedade, melhorarmos coletivamente e individualmente. O acidente sofrido por Adriana Nunes deve ser um sinal vermelho para que pais e responsáveis por crianças e adolescentes, e até mesmo adultos que “empinam” pipa com cerol, não mais façam este ato que é crime sujeito a multa de mais de R$ 1 mil. Além da questão financeira, nem uma brincadeira ou hobby justifica colocar a vida de pessoas em risco.

A Guarda Civil Municipal (GCM), por meio da comandante-geral, Márcia Garcia, destacou que diariamente são apreendidos fios com material cortante em Paranaguá. Pensando nisso, há uma campanha contínua denominada “Com cerol você não brinca, você mata”, frase que resume exatamente o que é utilizar fios cortantes que são verdadeiras navalhas que podem machucar e matar motociclistas, ciclistas e pedestres diariamente. A pipa, um costume tão tradicional às crianças e jovens que mescla atividade física com a artística, não pode seguir sendo algo profanado pelo mero prazer de cortar o fio dos adversários. Se perceber o uso do cerol, denuncie à GCM pelo telefone 153.

Pais e responsáveis devem ficar atentos continuamente aos seus filhos. É dever deles não somente proibir o uso de cerol, como também conscientizar sobre os riscos do seu uso. A Adriana, vítima do cerol em Paranaguá, teve que fazer 15 pontos no rosto e quase perdeu sua visão. O fio cortante só não atingiu o seu pescoço por sorte e, segundo ela, por um livramento. Ainda bem, mas que este alerta não tenha sido em vão. Em tempos de pandemia onde nunca se deu tanto valor a viver e ter saúde, arriscar matar os outros com uso proibido do cerol, é um ato de irresponsabilidade injustificável e absurdo. 

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