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Editorial

Pandemia em 2021 já é mais avassaladora no litoral do que em todo o ano passado

Cada número de óbito contabilizado é uma vida que se foi, é uma pessoa, com seus sonhos e anseios, que partiu devido a uma doença cuja a cura, a vacina, já existe

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O papel social e espiritual da religião em tempos de pandemia

Na quinta-feira, 15, a Folha do Litoral News divulgou uma matéria em que analisou estatísticas da pandemia de Covid-19 no litoral divulgadas desde o início da pandemia em março de 2020, até o presente momento. A intenção foi comparar números de mortes e casos de Coronavírus em 2020 e 2021, onde se chegou a uma conclusão estatística: em quatro meses e meio do presente ano, a pandemia já matou e infectou mais pessoas do litoral do que todo o ano passado.

O número de mortes neste ano já é 43,8% superior a todos os cerca de 10 meses da pandemia em 2020. Além disso, o número de pessoas infectadas com a doença em 2021 já é 4,6% a de todo o ano passado. Falando em vidas perdidas no litoral, somente em 2021 um total de 387 pessoas morreram por Coronavírus, número que no ano passado foi de 269 óbitos.

Os boletins informativos, a continuidade da pandemia em índices alarmantes  e a lotação contínua do Hospital Regional do Litoral (HRL) e da rede hospitalar muitas vezes nos obriga a falar em números, e não pessoas. Cada número de óbito contabilizado é uma vida que se foi, é uma pessoa, com seus sonhos e anseios, que partiu devido a uma doença cuja a cura, a vacina, já existe, mas que ainda chega em um nível menor do que deveria em todo o País. 

Cada morte registrada no boletim são famílias, amigos, colegas, que choram a sua perda, que sentem a sua falta diariamente. Esta “baixa” decorrente da guerra contra o vírus poderia também ser evitada, caso a sociedade respeitasse de forma mais rígida as medidas preventivas como o uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social.

Quem já passou por isso, sabe que uma das coisas mais tristes que existe é o enterro de uma pessoa que morre em decorrência da Covid-19. A despedida é mais do que dolorosa, é frustrante, pelo fato de que nem velório pode ocorrer, devido ao risco de contaminação, É como se a pessoa sumisse do dia para a noite. E a morte não escolhe mais idade, ela abrange todos: jovens e idosos, homens e mulheres, de todas as classes sociais. Portanto, se cuide, cuide das pessoas próximas, respeite as medidas preventivas. A vida é rara, ela não é apenas um número.

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