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Editorial

Afeto familiar, mesmo que digital, é essencial para a saúde mental durante a pandemia

Saibamos dialogar em tempos de crise humanitária, principalmente internamente entre famílias, pois a distância castiga a saúde mental e as conversas on-line são um alento para este mal.

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Em decisão divulgada no início desta semana, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR) concedeu liminar em que assegurou o contato diário de forma on-line entre um pai, profissional da saúde que atua na linha de frente contra a Covid-19, e o seu filho. A medida visa, mesmo a distância, a assegurar o contato entre a criança e o seu pai em um período de pandemia, algo que demonstra a importância das ferramentas on-line para garantir que o isolamento social não prejudique o afeto familiar. 

O contato virtual poderá ser feito diariamente entre os dois durante 30 minutos, inclusive com respeito ao sigilo das conversas e com respeito ao direito de convivência. Além de ser sanitariamente segura, por respeitar o distanciamento social, a medida beneficia a saúde mental do profissional da saúde, que consegue o contato com a criança diariamente, bem como do filho, que em tempos de pandemia dialoga com o seu genitor. O afeto humano é um remédio para a alma. 

Saibamos dialogar em tempos de crise humanitária, principalmente internamente entre famílias, pois a distância castiga a saúde mental e as conversas on-line são um alento para este mal. O ser humano, mais do que nunca, vai precisar ter um olhar de afeto ao próximo. Olhar com fraternidade no olho do outro, mesmo que pela tela dos smartphones ou notebook, é pensar coletivamente: uma das principais chaves para superarmos a pandemia.

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