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Coronavírus

Medo de vacina? Saiba como tranquilizar seu filho para se vacinar contra a Covid-19 e outras doenças

Butantan afirma que pais devem evitar falas para amedrontar

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

A vacinação infantil contra a Covid-19 está em pleno andamento no Brasil, incluindo todos os municípios do litoral do Paraná, sendo uma importante etapa para prosseguir com o controle da pandemia, protegendo uma maior parte da população e evitando o surgimento de novas variantes. Entretanto, é normal crianças terem receio e medo de tomar qualquer tipo de vacina, algo que se acentuou em alguns casos neste período de notícias falsas e desinformação sobre a imunização contra o Coronavírus. O Instituto Butantan repassou dicas para pais e responsáveis para atenuar o medo dos filhos com relação à aplicação da vacina, reforçando o papel essencial dos adultos com falas positivas sobre a vacinação e defesa da ciência. 

“A campanha de vacinação contra a Covid-19 protege contra a face mais cruel do coronavírus: as hospitalizações e as mortes”, reforça o Butantan. Segundo  o instituto, adultos, entre eles principalmente cuidadores e pais, podem fazer total diferença para evitar o medo da vacina, bem como fazer com que ele perdure. Este receio, em alguns casos, prejudica a proteção da criança não somente contra a Covid-19, como de outras doenças. 

“É importante levar a vacinação com mais tranquilidade, falar para as crianças que é importante tomar a vacina, que dói, mas passa, e que é uma oportunidade de ela se proteger e voltar a visitar a vovó e o vovô, encontrar os amigos e não precisar mais ficar tanto tempo em casa”, afirma a gerente de farmacovigilância do Instituto Butantan e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações, enfermeira Mayra Moura.

O desmaio, segundo a profissional da Saúde, ocorre em 40% dos adolescentes em procedimentos com agulha, algo que possui base na Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim). Moura afirma que isso possui relação com uma cultura do medo da vacina que se construiu ainda na infância. “A síncope não ocorre por causa da vacina, mas de todo esse medo construído desde a infância”, acrescenta.

A nota do Butantan afirma que é preciso entender e evitar a cultura do medo da agulha. “Demonstrar pena dizendo ‘tadinho’ ou usar a vacina como uma forma de punição ‘se não tomar banho, vai tomar injeção’ é o que faz à criança a eternizar a vacinação como algo ruim e levar este sentimento consigo por muito tempo, senão por toda a vida”, aponta a enfermeira.

Dor passageira e importância de estar presente

Para o instituto, minimizar a situação da vacinação não quer dizer que seja necessário mentir para a criança ou invalidar sua dor. “Pelo contrário, os familiares devem se mostrar atentos no momento da imunização para deixar claro que é uma dor que não é duradoura e que os benefícios são maiores, e acolher a dor física pela injeção”, explica a assessoria. “O familiar precisa estar ali presente para dizer que aquilo é bom para criança. Se os próprios pais não estiverem seguros, não vai passar segurança para a criança”, afirma Mayra.

Dicas

Segundo o Butantan, uma das dicas mais importantes é falar da importância das vacinas no dia-a-dia e não somente no período de campanhas. “Converse com as crianças sobre a importância das vacinas, dê exemplos de como ela está protegendo pessoas na pandemia e fale sobre seus benefícios, que é evitar que eles fiquem doentes, que hoje não existem mais certas doenças por causa da vacinação. Não precisa falar sobre o assunto somente no dia da imunização e não demonstrar apreensão ou chorar ao lado da criança”, reforça.

É necessário ter empatia com a criança que vai se vacinar, entretanto não é aconselhável ter uma pena excessiva. “Pode parecer empático, mas falar ‘coitadinho’; ‘seja forte’, ‘é difícil, mas você precisa tomar’ cria mais a sensação de medo do que de aceitação. Ao invés disso, trate o ato de vacinar com naturalidade e acolha a dor física e emocional da criança com palavras amorosas, com um abraço e depois siga em frente com outros assuntos do dia a dia”, informa o Butantan.

Vacina não é  castigo

“Evite dizer que vai levar a criança para tomar vacina a cada vez que ela contrariar um adulto, como forma de castigo. Por exemplo: ‘vai tomar injeção se não comer tudo’, ‘vou te levar para tomar vacina se você não fizer o que estou te pedindo’, entre outras ameaças. Falas como estas associam as vacinas a punições e só aumentam o medo da criança”, detalha o instituto. 

Estar presente no processo de imunização é essencial, pois pais e responsáveis trazem mais calma, com suporte, secando as lágrimas, dando colo e olhand onos olhos. “As crianças ficam mais relaxadas se sentadas no colo do cuidador do que sozinha na cadeira, e bebês também se acalmam ao serem amamentados pelas mães durante a aplicação, pois tanto a sucção da mama, quanto o leite materno relaxam”, aconselha a entidade científica. “Distrair a criança com brinquedos, vídeos, algum objeto com música, que prenda a atenção da criança é uma técnica que traz resultado e evita que a criança fique apavorada”, finaliza o Instituto Butantan.

Com informações do Instituto Butantan

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