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“Tarados por vacina e dignidade”

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Por Paulo Henrique de Oliveira

Com a contribuição da Advogada Lívia Moura

Na coluna dessa semana falaremos sobre o imbróglio entre o Chefe do Executivo Federal e a ANVISA. Não é novidade que as declarações do Presidente sobre a questão da vacinação infantil e o atrito com Barra Torres, chefe da ANVISA, questionando sobre qual o interesse da ANVISA na vacinação. A partir dessa triste declaração, deveríamos nos perguntar qual seria o interesse em não vacinar.

Expressar que há uma “tara” por vacina, em um país que passa de 600 mil mortos por uma pandemia, sofre uma epidemia de uma nova variante gripal, e está assolado economicamente, é, negar o único caminho para o possível controle pandêmico.

Inclusive, alguém já se perguntou o por que do sigilo da carteira de vacinação do Presidente?

Além de tal reflexão, é muito lúcido trazermos ao consciente social a resposta de Barra Torres sobre as declarações, afirmando simplesmente: “A ANVISA não tem opinião, tem decisão”.

Ainda, sobre a questão que tange à vacinação infantil, temos que pensar que as crianças de 5 a 11 anos, a quem foi liberada a vacinação, são àquelas que vão voltar à escola em modo presencial, e ter contato com seus professores, e depois com seus pais, e seus avós, que terão contatos com outras pessoas, em uma rede infindável de possíveis novos contágios.

A vacina desenvolvida para a COVID-19, NÃO TRAZ A IMUNIZAÇÃO, ela trabalha em contenção de danos, para que os sintomas fiquem mais leves.

Portanto, Senhores, não é possível fechar os olhos para o que está escancarado em nossa sociedade. Negacionismo é uma forma de desfavor social, e aqueles que espalham e tentam reafirmar tal prática, foram as crianças que pisaram em prego enferrujado na infância, e tomaram vacina do tétano; foram aqueles que não tiveram sarampo, caxumba e rubéola (MMR), porque foram vacinados na infância.

Olhe para o seu braço, e veja a marquinha que existe, e agradeça a ciência por ter chegado até aqui, bem como, agradeça ao direito de se manifestar negacionista, porque existe um Estado Democrático de Direito, em que o direito de expressão é consagrado, porém, quando se usa dele para propagar opinião que viola direito do outro, principalmente o de ter a possibilidade de se manter vivo com dignidade, é punível, e lamentável.

Brasil, 14 de janeiro de 2022, 622 mil mortes por COVID-19, e 13,9 milhões de desempregados, e epidemia da Influenza H3N2.

Paulo Henrique de Oliveira é mestrando em administração pública, pós-graduado em direito administrativo, com MBA em gestão pública, extensões em ciências políticas, direito eleitoral e ciências sociais, e graduações nas áreas de administração de empresas, gestão de negócios, ciências políticas, e direito. É o Executivo do Podemos no Estado do Paraná, Ex Secretário de Saúde de Paranaguá, e atual Secretário de Saúde de Matinhos.

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