A Educação Popular é um movimento pedagógico e político. No Brasil, Paulo Freire foi um dos principais disseminadores deste método.
Este método é estratégico e valoriza a cultura e os saberes prévios de um povo, fazendo uma leitura da realidade social, ela é importante porque reconhece as condições de vida, atua a partir da realidade, promove e organiza redes de apoio social que, neste momento, são fundamentais.
Uma forma singela de se enfatizar Educação Popular é entendê-la como uma prática de um bem querer, que promover a educação para todos onde se faça sentido ir à escola para realmente provocar a curiosidade epistemológica, a fim de apresentar a sociedade seres atuantes e não meros expectadores.
A perspectiva que temos é de que cada vez mais a Educação Popular ganha um caráter de resistência. A perda de contato em sala de aula com professores e colegas colabora para a perda do senso de coletividade, o que acaba dificultando a manutenção das redes de apoio que muitas vezes são encontradas nesses ambientes.
A forma educacional EAD, única viável nesses tempos de pandemia, traz um distanciamento ainda maior a esses grupos minoritários em direitos e frágeis em redes de apoio. Percebe-se que o contexto pandêmico evidenciou ainda mais a relevância da Educação Popular, e como as redes de apoio existentes nesses movimentos fortalecem o senso de coletividade, tão necessários em uma situação de isolamento social.