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Foto: Pierpaolo Nota / Portos do Paraná

Porto de Paranaguá - 87 anos

Portos do Paraná se destacam com programas ambientais e participação em evento internacional sobre o clima

Empresa tem alcançado reconhecimento na área pelas práticas adotadas

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“Além de todo esse cuidado com o meio ambiente, buscamos cuidar também das pessoas que vivem no entorno do porto”, disse o gerente de Meio Ambiente da Portos do Paraná, Thales Schwanka Trevisan (ao centro)

No fim do ano passado, a empresa pública Portos do Paraná foi convidada, pela segunda vez, para participar da Conferência das Partes sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas – COP26. O evento aconteceu em Glasgow, no Reino Unido, e o convite foi avaliado como uma forma de reconhecimento do trabalho desenvolvido na área ambiental.

Foram apresentados dois painéis em um dos eventos paralelos oficiais. O primeiro sobre “Modelos comprovados que aceleram o progresso de toda a indústria para atingir as metas climáticas e de sistemas alimentares”; e o segundo com o tema “Definindo o futuro das finanças sustentáveis e dos investimentos sociais e ambientais”, demonstrando a busca por novas alternativas para o desenvolvimento sustentável.

O gerente de Meio Ambiente da Portos do Paraná, Thales Schwanka Trevisan, afirmou que o Porto de Paranaguá, desde que recebeu sua licença ambiental de operação em 2013, vem se desenvolvendo e se estabelecendo como referência na área para outros portos brasileiros.

“Esse reconhecimento nacional é resultado do trabalho de uma equipe multidisciplinar engajada na busca pelo cuidado com o meio ambiente, na execução dos monitoramentos ambientais, e na melhoria contínua do sistema de gestão ambiental da empresa”, enfatizou Thales.

Segundo ele, todo esse trabalho é motivo de orgulho, reforçado pela participação na Conferência das Partes sobre Mudança Climática da Organização das Nações Unidas – COP26. “Esse evento busca discutir as mudanças climáticas no sentido de debater a mudança da matriz energética mundial para alternativas mais sustentáveis. Como autoridade portuária, estamos trabalhando em consonância ao evento da ONU na busca por formas alternativas de geração de energia, estudando formas de gerar biogás com os resíduos gerados pela movimentação portuária de granéis sólidos, bem como a possibilidade de geração de hidrogênio verde”, explicou Thales.

Além disso, há um trabalho de execução de medidas compensatórias às obras de dragagem, com um programa que busca recuperar áreas de vegetação nativa atualmente degradadas, aumentando o sequestro de carbono da atmosfera.

“Foi na COP26 que apresentamos também nossos mais de 20 programas ambientais, que contemplam atividades de monitoramento frequentes da qualidade da água e dos sedimentos de toda a baía de Paranaguá, e da fauna que habita a região. Além de todo esse cuidado com o meio ambiente, buscamos cuidar também das pessoas que vivem no entorno do porto, executando atividades de educação ambiental nas comunidades pesqueiras da baía, buscando seu fortalecimento comunitário e melhoria da relação porto-cidade”, disse o gerente de meio ambiente.

De acordo com ele, a empresa pública pode avançar ainda mais no campo da sustentabilidade. “Quando pensamos em mudanças climáticas, a busca por eficiência energética e por sustentabilidade na gestão dos recursos naturais deve ser um compromisso dos portos não só do Brasil, mas a nível mundial. Portanto, é nesse sentido, ainda, que a gestão portuária deve avançar e se aprimorar com o foco no equilíbrio entre desenvolvimento econômico, social e o zelo pelo meio ambiente”, afirmou Thales.

Programas em andamento

Durante a COP26, a Portos do Paraná, representada pelo diretor de Meio Ambiente, João Paulo Santana, apresentou os programas que estão em andamento.

Um deles é o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad), que já está em atividade no entorno das baías de Paranaguá e Antonina, em parceria com a comunidade local que reside nas proximidades das bacias do Rio Cachoeira e do Rio Cacatu. O objetivo é recuperar esses locais e monitorar o quanto de sedimento é evitado de ser transportado para dentro da baía. Assim, a Portos do Paraná planeja diminuir o assoreamento através da recuperação de mata ciliar, que ao crescer vai contribuir com o sequestro do carbono, segurar o sedimento no local e, no futuro, economizar com dragagem.

Outro projeto apresentado na conferência é a construção de uma usina de biodigestão de resíduos orgânicos no Porto de Paranaguá, alimentada com o material que hoje é varrido da zona portuária e encaminhado para o aterro sanitário. Esse produto gera no local gases de efeito estufa, além de liberar carbono durante a logística de varrição, transporte e disposição no local.

A Portos do Paraná apresentou também outro projeto em andamento no Parque Tecnológico de Itaipu, as chamadas usinas de hidrogênio verde. Uma carta de compromisso foi assinada para o desenvolvimento do projeto, que envolve estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para produção de hidrogênio verde dentro do Porto de Paranaguá, através possivelmente da implantação de painéis solares.

Também foi feita a apresentação referente a todos os monitoramentos ambientais, que geraram reconhecimento novamente do Índice de Desenvolvimento Ambiental (IDA) de 2020, através da recente premiação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que pontuou o Porto de Paranaguá como o porto público de grande porte melhor posicionado no tema no País.

Com informações da Portos do Paraná

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