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Porto de Paranaguá - 87 anos

Diretor-presidente interliga investimentos e eficiência para crescimento contínuo da Portos do Paraná

Luiz Fernando da Silva reforça foco no modal ferroviário, arrendamentos e eficiência do Porto

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A importância da empresa pública Portos do Paraná, que administra os portos de Paranaguá e o de Antonina, se tornou ainda mais evidente em tempos de pandemia, visto que a atividade portuária ininterrupta não somente garantiu a recuperação econômica contínua ao Paraná e ao Brasil, como também contribuiu com geração de emprego e renda para a população de Paranaguá e do litoral. O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia da Silva, destacou a celebração dos 87 anos do Porto de Paranaguá que ocorre nesta quinta-feira, 17, frisando que, além dos do crescimento alcançado pela empresa pública nos últimos anos, o Porto segue olhando o futuro, com foco no modal ferroviário, modernização, novos investimentos, arrendamentos e compromisso com a economia, desde o contexto local ao nacional. Confira a entrevista:

Folha do Litoral News – Por que o modal ferroviário no Porto de Paranaguá tem chamado cada vez mais a atenção do mercado?
Luiz Fernando –
A questão ferroviária para o porto é primordial. Os projetos em desenvolvimento pela Portos do Paraná preveem transporte de 20 milhões de toneladas de granéis sólidos de exportação, só por ferrovia. Com a previsão de crescimento nos portos, o modal ferroviário precisa ser melhorado para evitar um colapso nas rodovias. Não adianta ter um setor produtivo forte, um porto de alta capacidade, se não promovermos condições para o crescimento. A ferrovia terá esse papel.
Os resultados nos portos de Paranaguá e Antonina devem seguir em crescente nos próximos anos. O Plano Nacional de Logística Portuária projeta que até 2030 o volume de cargas movimentadas deve ser de 60 milhões, mas em 2021 – oito anos antes – já alcançamos 57,3 milhões de toneladas.

Folha do Litoral News – Sobre as áreas de arrendamento, quais processos estão em andamento e quais ainda estão por vir? E de que forma o arrendamento dessas novas áreas impactam na atividade?
Luiz Fernando –
O programa de leilões da Portos do Paraná, realizado na Bolsa de Valores do Brasil (B3), prevê que sejam arrendadas diversas áreas para movimentação de graneis sólidos e líquidos. A prática é adotada pela empresa pública Portos do Paraná desde 2019, quando recebeu autonomia para administrar os contratos de exploração de áreas por parte do governo federal.

A próxima área a ser leiloada pela empresa pública é a PAR32, destinada à movimentação de carga geral, especialmente açúcar. Com localização no lado oeste do cais, a área possui 6,6 mil metros e possui estrutura ligada ao berço 205 de atracação. O investimento previsto é de R$ 4,1 milhões. O leilão está previsto para 30 de março.

Sobre os arrendamentos futuros, atualmente, além da PAR32, a Portos do Paraná dispõe de mais cinco áreas para futuros terminais. A área PAR09, a oeste do cais do Porto de Paranaguá, tem 24 mil metros quadrados e é destinada a movimentação de granel sólido vegetal. O investimento previsto é de R$ 492 milhões. A área deve passar por audiência pública no dia 29 de março.

Com investimento previsto de R$1,1 bilhão, a PAR 14, a leste do cais, também será destinada a granel sólido vegetal e possui área total de 61 mil metros quadrados. Já a PAR 15, também a leste do cais, possui cerca de 37 mil metros quadrados de área destinada a granel sólido vegetal. O investimento previsto chega a R$ 656 milhões.

Tanto a PAR 14 quanto a PAR15, atualmente estão em fase de diligências na comissão para posteriormente avançar para ser aberta a fase de consulta e audiência pública.
Já a PAR50, a oeste do cais em Paranaguá, também deve ir a leilão neste ano. Com 85 mil metros quadrados, a área é destinada a granel líquido. O investimento previsto é de R$ 338 milhões. A área aguarda definição para marcação de data para ir a leilão.
O valor total estimado para as áreas disponíveis para futuros arrendamentos é de quase R$ 2,6 bilhões, podendo sofrer reajuste de acordo com a revisão dos estudos.
A PAR03, ainda em fase inicial de coleta de material para estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, possui 38 mil metros quadrados e será destinada à movimentação e armazenagem de granéis sólidos minerais.

A área está localizada em frente à sede administrativa da empresa pública e engloba o Terminal Público de Fertilizantes (Tefer), de seis mil metros quadrados.
Em janeiro, a PAR03 foi qualificada como prioridade pelo Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal. O investimento preliminar, segundo estudos da empresa pública, chega a ordem de R$ 172 milhões.

Folha do Litoral News – Quais as principais mudanças que pode destacar que foram alcançadas nos últimos anos na Portos do Paraná e por que foram importantes para o crescimento da empresa pública?
Luiz Fernando –
Todo ano temos que provar que continuamos sendo eficientes, com atração, com qualidade de serviço e custo baixo. Então, temos a obrigação de prever os grandes investimentos e trabalhar de forma integrada, demonstrando a competitividade dos portos paranaenses. Esses investidores, nacionais ou estrangeiros, chegam ao nosso Estado em busca de um porto atrativo e com boa infraestrutura. Assim, as empresas fortalecem a economia local e geram emprego e renda para o litoral paranaense.

Folha do Litoral News – Quanto à derrocagem da Pedra da Palangana, qual a previsão de finalização e os benefícios que o investimento pode trazer?
Luiz Fernando –
Já estamos na fase de retirada das pedras do fundo do mar e britagem para envio aos municípios do litoral – onde serão usadas para obras de infraestrutura. De setembro a dezembro, foi concluída, com sucesso e sem grandes impactos, a etapa de perfurações e detonações.

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