Apesar de indicativos de recuo da pandemia, cuidados devem continuar

A Folha do Litoral News traz na edição de terça-feira, 20, uma matéria com  apontamentos importantes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre a pandemia da Covid-19 em todo o Brasil. Segundo os dados técnicos do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz, pela primeira vez desde dezembro de 2020 a taxa de ocupação de leitos de UTI para adultos do SUS não está acima de 90%. Entretanto, o Paraná prossegue na chamada “zona crítica”, com 81% de ocupação dos leitos, número superior à maioria dos estados do Brasil, que demonstra que a crise sanitária ainda precisará de muita prevenção, vacinação e seriedade para que seja superada.

A Fiocruz destaca que há cerca de três semanas no País o número de casos e óbitos decorrentes da Covid-19 seguem caindo cerca de 2% ao dia, algo positivo, mas que ainda segue sendo considerado em alto patamar, com permanência da taxa de letalidade em 3%, número considerado elevado. No contexto regional, segundo os boletins do Hospital Regional do Litoral (HRL), a região prossegue registrando mortes devido à doença, entretanto em números inferiores a outras semanas. Outro ponto foi a redução de ocupação da Ala Covid-19 do HRL, que há cerca de duas semanas registrava 53 pacientes internados, número que no último boletim da segunda-feira, 19, foi de 34 pessoas internadas, data em que também se contabilizaram mais três vidas perdidas para o Coronavírus.

Os números não traduzem o sofrimento de pacientes em respiradores nas UTI´s lutando por suas vidas, bem como não demonstram o rosto de cada uma das vidas perdidas para a Covid-19 e o sofrimentos de seus familiares, entretanto, os dados trazem informações importantes para o contexto científico e a estratégia de enfrentamento à pandemia. Segundo os pesquisadores da Fiocruz, o recuo da pandemia, que ainda está longe de ser o totalmente necessário para a superação da crise sanitária, possui relação direta com algo defendido constantemente pela Folha do Litoral News: a vacina.

A vacinação contra a Covid-19, seja com que imunizante for, permitiu até agora uma redução de mortes e internações, principalmente entre os grupos dos idosos e portadores de doenças crônicas, que já tomaram as duas doses. Válido ressaltar, que o imunizante protege contra internamentos e falecimentos em decorrência da doença, mas não trava totalmente a transmissão, que inclusive permanece intensa, principalmente em quem ainda não foi imunizado.

Que o recuo registrado nos números da pandemia não traga à população uma falsa sensação de que a Covid-19 simplesmente acabou. Não, a doença segue sendo transmitida, ocasionando internamentos e levando vidas embora. Somente com a ampla maioria da população vacinada poderemos superar, de fato, esta crise sanitária no litoral e no Brasil. Aliás, é exatamente a vacina que está ocasionando este controle ainda relativo do contexto pandêmico. Isso porque, infelizmente, o que se viu e o que se vê nas ruas é o desrespeito ao uso de máscara e ao distanciamento social. A prevenção, que é tão importante quanto a vacina, segue sendo ignorada. Não custa tentarmos mais uma vez, certo? Quando chegar a sua hora de se vacinar, faça isso! Use máscara, não aglomere, higienize as mãos. A luz no fim do túnel está cada vez mais próxima. Não cause a morte de familiares, amigos e pessoas próximas, ou seja mais uma baixa nesta guerra contínua contra o vírus.