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Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

Os melhores 373 anos da Terra dos índios Carijós

“Das minhas obras qual a que prefiro?
Sempre tive predileção pela que ainda não produzi. As outras só em dias especiais é que as posso reler. Depois, não me parece que valha a pena falar de coisas que fiz, tendo eu sempre a impressão de que o público não se lembra delas, tanto mais que a maior parte dos leitores as desconhece por completo.”
Nestor Victor, filho de Paranaguá.

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A mais antiga referência escrita sobre Paranaguá remonta ao ano de 1549 e na mesma já se fala em “Homens Brancos”. 

Supomos viverem na Ilha da Cotinga, designação que, na língua do gentio, significa “Campo ou roça de brancos”, de “Coo” Campo, lugar, roça ou habitação e, “tinga” branco. Esta primeira referência deve-se a Robert Southey, um poeta e historiador inglês, que escreveu uma interessante história sobre este pedacinho do Brasil.

O inglês possivelmente colheu seus informes a respeito de Paranaguá e da “Ilha dos Brancos” nos relatos de Hans Staden, aventureiro teuto que viajando em um Galeão espanhol, que se dirigia para o Rio da Prata, naufragou ao largo de Superagui, na entrada de “Pernagoa”, que em língua tupi quer dizer “Paraná” o significado de Grande Rio e “Goá” o significado de Redondo, uma referência à Baía de Paranaguá, que para os Carijós significava “Grande Mar Redondo”

Quem primeiro chegou à Paranaguá continua sendo discutível. O que se afigura mais certo é que, logo depois da fundação de São Vicente, aventureiros tenham deslocado-se para outras terras do litoral.

Esses desbravadores atingiram pontos, tais como Itanhaém, Cananeia e Paranaguá, que, aliás, já eram bem conhecidos de Martim Afonso devido à sua viagem até o Prata.

Terra Fértil, águas piscosas e a possibilidade de encontrar ouro, fizeram com que a ilha da Cotinga em pouco tempo não mais comportasse os que para ela se deslocavam. 

Diante disso, os brancos começaram a se estabelecer na margem esquerda do Rio Taqueré, o atual Itiberê.  

Se a data de fundação é discutível, o mesmo não acontece com a criação do município de Paranaguá, isso graças à carta régia de 29 de julho 1648, passada em São Paulo, atendendo à petição de Gabriel de Lara, “Capitão e povoador da Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá”.

A história é longa, por isso, continuará no próximo final de semana.

Hamilton Júnior

Historiador

Sócio Correspondente do IHGP

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