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Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

Memória histórica de Paranaguá

Dia 29 de julho, a cidade de Paranaguá irá fazer 372 anos que envolvem muita história e cultura.

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Dia 29 de julho, a cidade de Paranaguá irá fazer 372 anos que envolvem muita história e cultura. Visando trazer temas pertinentes a comemoração do aniversário da cidade, a coluna desta semana tem por tema a obra Memória Histórica de Paranaguá. O livro Memória Histórica, Cronológica, Topográfica e Descritiva da Cidade de Paranaguá e seu Município (1850), de autoria de Antônio Vieira dos Santos, é uma referência para historiadores e estudiosos. Trata-se de uma obra rara importante, se destacando pelo esforço de seu autor na descrição da época que vivenciou e, na transcrição de documentos históricos. Antônio Vieira dos Santos nasceu no ano de 1784, na cidade do Porto. Com treze anos de idade, recém-chegado de Portugal, aportou no Rio de Janeiro onde passou a trabalhar como comerciante. Em 1798 se estabeleceu no Litoral do Paraná. Em Paranaguá, exerceu as atividades de comerciante, tendo sido também alferes, tesoureiro de irmandade e funcionário da municipalidade. Em 1812, exerceu mandato de vereador (Procurador da Câmara de Paranaguá), mudando-se depois para a freguesia de Morretes, onde a partir de 1825, se dedicou à cultura da erva-mate. Faleceu em 1854, deixando diversos escritos para a posteridade.

A primeira versão manuscrita da obra Memória Histórica de Paranaguá permaneceu por vários anos na Câmara de Paranaguá, sendo encontrada posteriormente no acervo do antigo Conselho Municipal de Cultura do município. A primeira edição publicada do livro data de 1922 e foi impressa a pedido do prefeito parnanguara José Gonçalves Lobo. Desde então, outras edições da obra foram publicadas. Em 1951, foi publicada a edição impressa pelo Museu Paranaense e, em 2001, foi publicada a edição editada pelo IHGP, durante a gestão de Alceu Maron. Os dois manuscritos que deram origem ao livro, foram tombados em 17 de dezembro de 2003, pelo Conselho Estadual do IPHAN, e estão hoje, sob a guarda do Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá. As diversas edições desta obra merecem ser saudadas com entusiasmo, pois demonstram o seu valor para a nossa história, e justifica ao seu autor o cognome de “Pai da História Paranaense”.

Almir Silvério da Silva. Diretor do Museu da Imagem e do Som IHGP

Priscila Onório Figueira. Historiadora. Diretora de Artes Plásticas IHGP

Referência: CAVAZZANI, André Luiz Moscaleski. Tendo o sol por testemunha: população portuguesa na Baía de Paranaguá, 1750-1830. 2013, 357 f. Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas- Universidade de São Paulo. São Paulo, 2013.

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