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Racismo Não

Jogadora de vôlei de Paranaguá é alvo de racismo em torneio em Campo Largo

Uma jogadora da Nelp Univolei Paranaguá foi vítima de racismo durante torneio de vôlei disputado no domingo, 18, em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba

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Foto: Ilustrativa /Ana Carolina Campos/Sespor

Durante o jogo de vôlei entre os times de Colombo e Paranaguá, o qual ocorreu no domingo, 18, no ginásio da Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade, pelos Jogos Abertos do Paraná, na cidade de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, um homem foi preso em flagrante por suspeita de cometer injúria racial. Uma jogadora de vôlei do time de Paranaguá foi vítima de racismo durante torneio de vôlei.

A Polícia Militar foi acionada após um homem chamar a atleta de preta e fazer gestos imitando um macaco.

A vítima, o suspeito e testemunhas foram encaminhadas à delegacia. O suspeito negou o crime.

O secretário de Esportes de Paranaguá, Helton Pereira Ambrósio, se manifestou sobre o assunto e repudia todo ato racista ou qualquer outro tipo de discriminação. “Como secretário de Esportes de Paranaguá, acredito que o ambiente esportivo é um direito social de todos, portanto, repudio todo ato racista ou qualquer outro tipo de discriminação. Prezamos sempre pelo respeito, ética e um ambiente saudável durante as partidas, por isso me solidarizo com toda equipe da NELP Univolei/SESPOR diante dos fatos ocorridos no último fim de semana”, enfatizou Helton Ambrósio.

A presidente da Nelp Univiolei Paranaguá, da qual a atleta faz parte, Geórgia da Cunha Bem, também repudiou o ato racista e de discriminação. “Manifestamos nosso mais veemente repúdio a qualquer ato racista e toda discriminação que venha ocorrer no ambiente esportivo. São inadmissíveis os atos criminosos de racismo, injúria racial e seus autores no voleibol, onde prezamos pela competição saudável e pelos valores que o esporte educacional ensina. A Ética, o jogo limpo, a honestidade, a superação e dedicação, o trabalho em equipe, o respeito às regras e leis. O esporte é um direito social de todos e a quadra de vôlei sempre será um ambiente democrático onde jogamos, competimos e nos divertimos uns com os outros. De forma que ao final de cada partida, aprendizado e relacionamentos são construídos e desenvolvidos. É por isso e para isso que jogamos voleibol”, destaca a presidente da Nelp.

Governo do Paraná repudia ação

Em nota, o governo do Paraná repudiou o ataque racista na partida de vôlei válida pelos JAPs. “A Secretaria de Estado do Esporte ressalta que o objetivo do esporte é unir as pessoas, promover a inclusão e celebrar a diversidade”, diz o comunicado. “O Estado se solidariza à vítima e manifesta total condenação a qualquer forma de discriminação racial, seja no âmbito esportivo ou na vida cotidiana.

No domingo, a Polícia Militar do Paraná (PMPR) agiu prontamente, assim que acionada pela vítima. O homem foi autuado em flagrante por injúria racial. Os policiais encaminharam o denunciado para a Delegacia de Campo Lago.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) instaurou um inquérito policial para investigar o caso. Todas as diligências cabíveis estão sendo realizadas a fim de esclarecer o fato. O homem permanece preso.

A Secretaria de Estado do Esporte ressalta que o objetivo do esporte é unir as pessoas, promover a inclusão e celebrar a diversidade. Os Jogos Abertos têm como foco criar um cenário em que todos os cidadãos possam participar e desfrutar plenamente das atividades esportivas. A discriminação racial não tem lugar no estado do Paraná”.

Até a manhã de segunda-feira, 19, o suspeito, que também não teve a identidade revelada, continuava detido, aguardando audiência de custódia.

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