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Polícia

Casal líder de organização criminosa que agia no litoral é condenado a mais de 23 anos de prisão

Outros dez integrantes do grupo foram condenados a penas que variam de seis a dez anos de reclusão

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Doze integrantes de uma organização criminosa que agia no litoral foram presos durante a Operação Rio foram julgados e condenados a partir de denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná, por meio do núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ao Juízo da 2ª Vara Criminal de Paranaguá e condenados a penas que variam de 23 a 6 anos de reclusão em regime fechado.

CASAL

Um casal, apontado nas investigações como líder do grupo criminoso, recebeu uma pena de 23 anos, 11 meses e 13 dias de reclusão em regime fechado, cada um, além de 1.413 dias-multa, pelos delitos de organização criminosa, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

Outros dez integrantes do grupo foram condenados a penas que variam de seis a dez anos de reclusão em regime fechado.

Deflagrada em abril de 2021, a Operação Rio, realizada em conjunto com a Polícia Militar e a 3ª Promotoria de Justiça de Paranaguá, apurou delitos de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro na região litorânea do Paraná, durante uma disputa entre grupos criminosos rivais que gerou um aumento significativo dos homicídios na região.

De acordo com as investigações, os dois réus – agora condenados – lideravam um grupo que disputava o controle das atividades criminosas no Litoral, em oposição a uma facção que atua a partir de presídios em todo o estado.

A sentença judicial determinou também o perdimento de dois veículos usados pelo grupo. Cabe recurso da decisão.

OPERAÇÃO RIO

A Operação Rio foi deflagrada em duas fases, sendo a segunda executada no dia 6 de abril de 2021.

O objetivo da mobilização policial era cumprir 17 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão contra integrantes dos grupos criminosos nas cidades de Paranaguá, Matinhos, Pontal do Paraná e Piraquara.

De acordo com a corporação, oito pessoas foram presas e três indivíduos morreram em confrontos armados, registrados em Matinhos e Piraquara.

Três presos já estavam no sistema penitenciário do Estado.

Durante a operação foram apreendidas três armas de fogo, certa quantia em dinheiro e porções de entorpecentes.

FACÇÕES

A Operação Rio tem como objetivo desarticular dois grupos criminosos que estariam disputando a venda de drogas em Paranaguá e no litoral.

Uma das facções atua em todo território nacional e a outra em Santa Catarina, onde tem duas bases de tráfico, em Balneário Camboriú e Penha.

A disputa pelos locais onde acontece a comercialização de entorpecentes vinha gerando um alto índice de homicídios, principalmente na cidade de Paranaguá, onde só este ano, foram registradas 33 mortes. Na região são 48 casos.

Durante o cumprimento dos mandados judiciais, dois confrontos armados foram registrados.

Em Matinhos, dois indivíduos morreram durante a troca de tiros com equipes do BOPE – Batalhão de Operações Especiais.

Chandrer Bernardo de Oliveira, de 28 anos, morador no bairro Bockmann, e Hiago Crispim da Silva, de 22 anos, morador na Vila Alboit, em Paranaguá, estavam escondidos em uma casa no balneário de Inajá. Os dois estavam com mandados de prisão em aberto.

Duas pistolas foram apreendidas no local.

O outro confronto aconteceu na cidade de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.

Deyvid Fellipe da Silva Pereira, de 23 anos, morador no bairro Beira Rio, em Paranaguá reagiu à abordagem policial. Ele foi alvejado e morreu. Um revólver foi apreendido no local onde o confronto aconteceu.

Todos os indivíduos mortos tinham passagens pela polícia e eram alvos da Operação Rio.

PRIMEIRA FASE

Durante o trabalho de monitoramento realizado por equipes do Centro de Inteligência da Polícia Militar do Paraná, que investigava uma facção que agia no litoral do estado, os policiais descobriram que um casal comandava a organização criminosa.

Com o apoio de equipes da Polícia Militar de Santa Catarina, os dois suspeitos foram identificados e localizados.

O casal foi preso durante a primeira fase da Operação Rio, ocorrida em novembro de 2020, dentro de um apartamento em Balneário Camboriú.

Foto: Camboriú Notícias

RIO

A mobilização policial foi batizada como Operação Rio, por conta do local de nascimento de um dos indivíduos presos e por lembrar a região litorânea, onde boa parte das investigações se concentraram.

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