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Polícia cumpre mandados de busca e apreensão na residência e clínica de médico acusado de importunação sexual

Médico ginecologista teve registro suspenso e deverá usar tornozeleira eletrônica

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Na manhã de quarta-feira, 22, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) deflagrou a Operação Dignitas, com o objetivo de dar cumprimento a dois mandados de busca e apreensão e um de monitoração eletrônica. De acordo com a PCPR, o alvo da operação foi o médico ginecologista Amauri Bilieri, que está sendo acusado de praticar crimes contra a dignidade sexual de mulheres que teriam sido duas pacientes.

MEDIDAS CAUTELARES

O delegado da Polícia Civil em paranaguá, Nilson Diniz, explica que embora a Polícia Civil tenha pedido a prisão do investigado, a decisão judicial determinou medidas cautelares como a proibição de ausentar-se do país, recolhimento domiciliar no período noturno, proibição do exercício da medicina, suspensão da inscrição médica e proibição de contato com as vítimas. Também foi determinada a colocação de tornozeleira eletrônica.

O delegado da Polícia Civil, Nilson Diniz, comentou em entrevista coletiva com a imprensa na manhã de quarta-feira, 22, na sede da Delegacia Cidadã de Paranaguá, sobre a operação de busca e apreensão contra o Dr. Amauri Bilieri.

“Foram nove investigações instauradas para apurar crimes de violação sexual. Durante o curso dessas investigações foram obtidos alguns elementos que a Polícia Civil julgou suficientes por um decreto de prisão preventiva e dessa forma foi feita. A Polícia Civil representou pela prisão preventiva do investigado, houve uma manifestação positiva do Ministério Público, mas o Poder Judiciário entendeu que algumas medidas menos restritivas seriam suficientes para impedir que ele continuasse e, que porventura, praticasse novos crimes, como por exemplo, a proibição do exercício da profissão, suspensão do seu registro médico, recolhimento domiciliar no período noturno, recolhimento do seu passaporte, dentre outras medidas restritivas” contou o delegado Nilson Diniz.

As buscas foram realizadas em Paranaguá, na residência do médico ginecologista Amauri Bilieri e na clínica onde realizava os atendimentos, objeto das investigações.

PEDIDO DE PRISÃO PREVENTIVA

Segundo a Polícia Civil, o Dr. Amauri Bilieri não estava na clínica no momento do cumprimento dos mandados. “O investigado não se encontrava na clínica, ele se encontrava no seu endereço residencial, embora os investigadores tenham tocado a campainha, solicitado a entrada, e como não houve resposta e dessa forma precisamos do apoio de um chaveiro, ele realizou a abertura da porta e encontramos o investigado no interior da residência, onde foram realizadas as diligências, buscando a apreensão de alguns dispositivos eletrônicos, que serão analisados aqui na sede da Subdivisão”, relatou.

Delegado Nilson Diniz diz que “foram nove investigações instauradas para apurar crimes de violação sexual”

“Contra o investigado foram registrados 10 Boletins de Ocorrências, nove trouxeram uma justa causa para instauração de procedimento criminal, foram instaurados esses inquéritos policiais, e todos esses elementos contidos em todas essas investigações subsidiaram o pedido de prisão preventiva, confeccionado pela Polícia Civil”, completou o delegado.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, destaca-se que nove pacientes foram ouvidas na sede da 1.ª Subdivisão Policial, onde afirmaram terem sido vítimas de importunação sexual cometida pelo investigado, durante os atendimentos médicos.

DENÚNCIAS

“O fato da comunidade local ter conhecimento do que de fato está sendo realizado na investigação de qualidade da Polícia Civil, isso pode servir como fator encorajador a outras mulheres que porventura tenham sido vítimas também de infrações penais, podem denunciar e se dirigir até a delegacia de polícia. Estamos realizando um atendimento voltado para preservação da dignidade dessas mulheres, elas são atendidas desde a confecção do Boletim de Ocorrência por uma escrivã mulher, que na sequência já realiza a oitiva, dando início, de fato, a investigação noticiada. Então, é de suma importância que venham até a delegacia e noticiem, caso tenham sido vítimas de infrações penais semelhantes”, orientou o delegado da Polícia Civil, Nilson Diniz.

DEFESA DO MÉDICO

O advogado de defesa de Amauri Bilieri, Luis Gustavo Janiszewski, comentou sobre a operação da Polícia Civil deflagrada em Paranaguá, que resultou em buscas e apreensões na residência e na clínica  do médico ginecologista acusado de praticar crimes contra a dignidade sexual de pacientes.

“Em relação à operação da Polícia Civil, é importante a gente esclarecer que primeiro sobre a busca e apreensão é interesse do Dr. Amauri Bilieri. Todos os meios de provas estão sendo utilizados pela autoridade policial e ao final consignará e constará que não há nada que comprove e que corrobore essas acusações que estão sendo feitas contra ele. Em relação à monitoração eletrônica, ordem judicial, decisão judicial, tem que ser cumprida e o Dr. Amauri como um homem de bem que é, um homem que respeita a sua profissão e respeita o Poder Judiciário, vai acatar, irá colocar a monitoração eletrônica e não irá descumprir em momento algum. Ele está sendo hoje em dia, monitorado pelo Poder Judiciário, que vai dar a devida conclusão”, informou.

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