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Marinha do Brasil

Independência do Brasil foi consolidada com a estruturação da Marinha e controle de revoltas

No Rio de Janeiro, havia poucos navios e falta de pessoal marítimo

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A Marinha do Brasil nasceu com a Independência e seu grande artífice foi José Bonifácio, com o apoio de Felisberto Caldeira Brant, agindo na Inglaterra. No Rio de Janeiro, havia poucos navios e absoluta falta de pessoal marítimo com experiência de combate, pois a profissão era proibida aos brasileiros e questionava-se a lealdade dos portugueses que decidiram permanecer no Brasil. Alguns navios foram reparados e outros comprados com subscrição pública, mas foi necessário contratar estrangeiros, em grande parte britânicos, ociosos com o fim das guerras napoleônicas. Ressaltam-se o Almirante Thomas Cochrane, John Taylor e John Pascoe Grenfell. Os políticos compreenderam a necessidade de uma marinha de guerra e a população aderiu prontamente à solução marítima para o problema da integridade nacional. 

As tarefas que cabiam a esse conjunto de navios de guerra, nossa primeira Esquadra, foram: estabelecer o bloqueio naval; sustentar a facção nacional junto aos núcleos de resistência à independência; e destruir ou neutralizar as forças navais portuguesas ainda no Brasil. 

Contudo, antes que o Almirante Cochrane assumisse o comando da Esquadra, a Marinha já combatia as forças portuguesas na Baía de Todos os Santos, onde o Segundo-Tenente João Francisco de Oliveira Bottas (conhecido como “João das Botas”) organizou e armou uma flotilha com pequenas embarcações do recôncavo, protegendo a ilha de Itaparica e atacando os comboios de suprimentos portugueses. 

Após assumir o comando da Esquadra, Cochrane partiu para bloquear Salvador. Informados de sua chegada, os portugueses saíram para lhe dar combate (04/05/1823). Apesar de conseguir romper a formação adversária, Cochrane não pôde derrotá-los, pois teve que lidar com atos de sabotagem realizados por alguns marujos portugueses a bordo dos navios brasileiros. Os portugueses não souberam aproveitar sua vantagem numérica e voltaram para a baía, permitindo que Cochrane lhes fizesse o bloqueio. Completamente cercados, só restou aos portugueses a fuga, sendo perseguidos pelos brasileiros até que não oferecessem mais perigo e realizando diversos apresamentos. A Fragata “Niterói”, comandada por Taylor seguiu-os até o Tejo, tendo a bordo o jovem Joaquim Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré. 

As províncias do Maranhão e do Grão-Pará se mantinham fiéis às Cortes portuguesas devido aos seus interesses econômicos. A resistência se concentrava nas capitais das províncias, São Luís e Belém, bastando a presença de alguns navios para forçar a rendição dos portugueses e sua repatriação. A pressão militar exercida pela presença da Nau “Pedro I” em São Luís, com o Almirante Cochrane a bordo, e do Brigue “Maranhão” comandado por Grenfell, agindo na província do Grão-Pará, foram o suficiente para conseguir a adesão destas províncias ao Império.       

Na Cisplatina, as forças portuguesas estavam concentradas em Montevidéu, que estava cercada e submetida a rigoroso bloqueio naval. Sem conseguir romper o bloqueio, que se tornava cada vez mais forte pela chegada dos novos navios que iam sendo obtidos pelo governo central, restou aos portugueses negociar sua rendição e retornar a Portugal. 

É incontestável que a Marinha do Brasil foi imprescindível para a consolidação da nossa independência, sendo fator básico de integração nacional ao reforçar o poder do governo central. Um bom exemplo dessa afirmação foi a participação da Esquadra no combate à Confederação do Equador (1824), na Guerra Cisplatina (1825 a 1828) e nos conflitos internos do período da Regência, após a renúncia de D. Pedro I em 1831. 

Mais informações em http://www.ciaw.mb/drupal/sites/default/files/arquivoszipados/D_INCLUIR_

Da Assessoria da Capitania dos Portos do Paraná

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