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Eleições 2020

Juiz eleitoral aborda adaptações à pandemia e combate a fake news

“Parece-me que a Justiça Eleitoral está indo pelo caminho correto, primeiramente adiando a eleição de outubro para novembro”, ressalta o juiz

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Dr. Guilherme Nieto explica novas medidas sanitárias que serão adotadas no dia do voto

Uma eleição municipal em Paranaguá voltada ao debate democrático de propostas, com combate a fake news e medidas sanitárias de prevenção à pandemia da Covid-19: é este o pleito que o juiz eleitoral de Paranaguá, Dr. Guilherme Moraes Nieto, ressalta que a Justiça Eleitoral tem por objetivo em 2020. Em entrevista à Folha do Litoral News na terça-feira, 29, o magistrado destacou também a importância da propaganda eleitoral gratuita e da campanha nas redes sociais, com respeito à legislação, como forma de dialogar com o eleitor em tempos de distanciamento social.

O juiz solicitou aos candidatos a prefeito e vereador de Paranaguá que façam uma campanha construtiva, com foco em propostas para melhorias na cidade e em prol do cidadão. “Parece-me mais interessante isso do que o debate focado em tentar diminuir a imagem do adversário, do que trazer boas propostas para a cidade. O anseio da população é esse. Aos eleitores pedimos para que tomem cuidado com as fake news, que são um mal e irão surgir nas mídias, visto que hoje em dia é muito fácil se disseminar uma notícia falsa”, destaca.

“Se você recebeu uma informação e tem dúvida, há a necessidade de confirmar a veracidade desta informação. Você não vai querer eleger alguém que já começa errado”, afirma Dr. Guilherme. Segundo ele, os eleitores devem estudar de forma detalhada as propostas dos candidatos para definir o voto de forma consciente. “Afinal, o candidato eleito que ficará quatro anos gerindo a cidade”, complementa.

Pandemia

O magistrado destacou que a Justiça Eleitoral terá como um dos seus principais focos as medidas sanitárias de controle da pandemia. “Todo mundo está vivendo o Coronavírus e enfrentando dificuldades, estamos aprendendo a lavar a mão direito, descobrimos que não sabíamos lavar a mão. Para cada detalhe, a gente está tendo que aprender a fazer de novo, e com as eleições é mais um desafio: aprender a fazer uma eleição com todas as necessidades de segurança em função da disseminação do vírus”, completa.

“Parece-me que a Justiça Eleitoral está indo pelo caminho correto, primeiramente adiando a eleição de outubro para novembro, se assistimos ao noticiário conseguimos ver que os números estão baixando e, felizmente, aparenta que no mês de novembro a situação será bem melhor que no início de outubro”, afirma. 

Mudanças

“Os protocolos de segurança estão sendo seguidos. Houve uma mudança importante e é prudente deixar o eleitor ciente de que, além da necessidade de se colocar faixas no chão para delimitar o distanciamento, a Justiça Eleitoral está divulgando uma nova forma de votar. Antigamente quando íamos votar, o procedimento era de entregar o seu documento ao mesário que conferia, fazia assinar o livro, digitava seu número de título de eleitor, você votava, voltava, se não tinha assinado, assinava na hora, pegava o documento e ia embora”, destaca.

Segundo o juiz eleitoral, haverá mudanças significativas na forma de votar durante a pandemia. “Quem vai votar deve adotar mudanças importantes, uma delas é levar sua própria caneta, garantindo que você não tenha contato nenhum com terceiros. Se você não levar, haverá a caneta com álcool em gel para você usar antes e depois de assinar. A principal mudança é que não haverá a retenção do documento quando você for votar, ao entrar na sessão você irá mostrar seu documento, o mesário a distância vai se certificar que é você, achar seu nome no livro para você assinar seu nome, te apresentar e posteriormente votar com o seu título. Após isso, você poderá ir embora. Diminui-se o contato com o mesário”, afirma Nieto.

Comícios

“Na verdade não é que não podemos ter os comícios, o que existe é que o período pede uma cautela muito maior. Talvez seja aconselhável que não se realizem, principalmente em lugares em que poderia haver um risco maior de contaminação, mas se houver por escolha dos partidos, tem que ser respeitando integralmente todos os protocolos de segurança: máscara, álcool em gel, distanciamento, porque se eventualmente houver um desvirtuamento da situação isso pode implicar responsabilidade pelos partidos ou pelos candidatos”, ressalta Dr. Guilherme.

De acordo com o magistrado, nas eleições de 2020 a propaganda eleitoral gratuita, nos veículos de imprensa e nas redes sociais, terá um papel ainda maior devido à pandemia. “Será mais relevante do que nas outras eleições”, finaliza, ressaltando que o distanciamento social reforçará a campanha aos eleitores que estiverem em distanciamento social. 


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