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Editorial

Ciência, fraternidade e vacinação de idosos e acamados em Paranaguá contra a Covid-19

Cabe a nós, como sociedade, entendermos e apoiarmos a priorização desses grupos na imunização. Isso é ter um senso de coletividade e respeito ao próximo. Apesar do anseio geral de ser vacinado, devemos respeitar e não furar a fila, como está acontecendo em tantos locais pelo Brasil. Este é um ato criminoso e desumano

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Ciência, fraternidade e vacinação de idosos e acamados em Paranaguá contra a Covid-19

O Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), desde o início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil, deixaram claros os critérios científicos para definição de grupos prioritários. O foco é imunizar, primeiramente, quem mais está exposto ou quem corre mais risco de morte ou internação devido ao vírus. Com isso, é possível reduzir a ocupação dos leitos e os óbitos. É exatamente por isso que idosos residentes em asilos, indígenas e profissionais que atuam na linha de frente da pandemia foram priorizados a receber a imunização.

Na terça-feira, 9, foi iniciada uma nova etapa em Paranaguá: a vacinação contra a Covid-19 de acamados e idosos acima de 90 anos do município. Este entendimento dá sequência aos critérios científicos para imunização, seguindo o que prevê o Plano Estadual de Vacinação contra o Coronavírus. Mais do que respeitar a ciência, a imunização por parte do Poder Público dessas pessoas é uma demonstração de sensibilidade e fraternidade com quem mais corre risco com a doença. 

Cabe a nós, como sociedade, entendermos e apoiarmos a priorização desses grupos na imunização. Isso é ter um senso de coletividade e respeito ao próximo. Apesar do anseio geral de ser vacinado, devemos respeitar e não furar a fila, como está acontecendo em tantos locais pelo Brasil. Este é um ato criminoso e desumano. É o “jeitinho brasileiro” sendo levado a um patamar lamentável em um dos piores momentos sanitários da humanidade. 

Em entrevista à Folha do Litoral News, o prefeito Marcelo Roque explicou que o anseio pela vacinação de todos não é somente da sociedade, mas também dele, como gestor público, e de toda a Prefeitura de Paranaguá. Para isso, ele destacou a necessidade de envio de remessas maiores de imunizantes para vacinar um maior número de pessoas, ampliando cada vez mais os grupos alcançados. Este envio deverá aumentar nos próximos dias, algo destacado pela própria Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), visto a chegada de material para produção das vacinas no Instituto Butantan e Fiocruz, que deverá ampliar o repasse de imunizantes a todo o Brasil, incluindo o Paraná e o litoral.

A equipe de reportagem acompanhou a vacinação do primeiro idoso acamado em Paranaguá. Trata-se do senhor Dalcísio Pinheiro, de 74 anos, que reside na Costeira. Ele foi acometido de um AVC e possui dificuldades de mobilidade, fala e está na cama. Apesar de todos os problemas de saúde enfrentados, o sorriso do Seu Dalcísio e o “joinha”, após a imunização, demonstram o quão importante é priorizar essas pessoas neste momento da vacinação contra a Covid-19.

Leia também: Chegada de doses da vacina contra a Covid-19 e expectativa de imunização mais ampla

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