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Dia da Mulher

“Pretendo ser a primeira mulher brasileira a chegar no espaço”, afirma astronauta análoga do litoral

Juliana Leonet reside nos EUA e já fez parte da missão simulada “Habitat Marte”

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Quando se fala que nada limita uma mulher, uma pessoa que personifica tal compreensão é Juliana Leonet, de 21 anos, astronauta análoga que já residiu em Pontal do Paraná, no litoral, e atualmente está morando em Orlando, no estado da Flórida, nos Estados Unidos da América (EUA), em busca do seu sonho: ser a primeira mulher brasileira astronauta a chegar no espaço. Apesar de jovem seu currículo demonstra que o seu objetivo é possível de ser alcançado, já tendo participado em 2021 da missão simulada “Habitat Marte”, bem como foi fundadora do Projeto Calisto Ciência, que realizou diversas pesquisas na área espacial por meio da ciência cidadã, descobrindo 20 asteróides, algo que contou com o reconhecimento da National Aeronautics and Space Administration (NASA).

Futura astrofísica, Juliana afirma que o curso de astronauta “Habitat Marte”, foi a experiência “mais maluca” da sua vida após ter descoberto um asteróide. “Foram três dias de missão simulada em Marte, nós fizemos missões extraveiculares, aprendemos sobre botânica e controle mental para conseguir agir sobre pressão e diante a uma situação perigosa. Usamos trajes que testavam nossa capacidade corporal a aguentar a temperatura de 40.ºC na área deserta de Natal, no Rio Grande do Norte, pois o clima é parecido com o de Marte”, afirma.

“Eu era uma entre duas mulheres participando da missão, não havia nenhuma diferença nas atividades por conta do genêro e por isso me senti muito confortável apesar de algumas dificuldades durante a missão. O Habitat Marte me deu uma experiência de vida com um valor gigantesco, como uma menina mulher de 21 anos me sinto extremamente feliz em poder inspirar outras mulheres a fazerem coisas incríveis. Aliás, eu pretendo ser a primeira mulher brasileira a chegar ao espaço. Não sei se irei conseguir, mas continuarei tentando”, ressalta Juliana.

Lugar de mulher é onde ela quiser 

Leonet afirma que seu primeiro contato com a ciência teve relação direta com a sua curiosidade sobre a realidade onde a humanidade está inserida. “Assim que conheci astronomia eu soube meu objetivo na vida, tentar melhorar o mundo através da ciência e da tecnologia. Estar nessa posição não é nada fácil, não me sinto frágil por ser mulher, pelo contrário, me sinto disposta a mostrar para o mundo que nós conseguimos sim fazer aquilo que desejamos, desde gerar uma vida até chegar ao espaço e deixar nossa marca lá”, complementa.

“Não me sinto frágil por ser mulher, pelo contrário, me sinto disposta a mostrar para o mundo que nós conseguimos sim fazer aquilo que desejamos, desde gerar uma vida até chegar ao espaço e deixar nossa marca lá”, afirma Juliana (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

“Somos fortes e nascemos sabendo lidar com a dor e as coisas difíceis da vida. Eu gosto de pensar que, quanto mais você está fazendo por si mesma, mais as pessoas vão te julgar. Isso é um fato, porque muitas pessoas desejam ter tanta coragem quanto uma mulher”, salienta Juliana.

Projeto Calisto Ciência

Um ponto fundamental na caminhada da cientista foi a criação do Projeto Calisto Ciência, criado após dificuldade enfrentada por ela para cursar Astronomia, visto que não tinha condições de mudar de cidade. Com isso ela descobriu o projeto International Astronomical Search Collaboration (IASC) da NASA, por meio de onde cederam um software e imagens de um radiotelescópio para que cidadãos comuns pudessem encontrar asteróides. “O projeto foi uma iniciativa minha para divulgar campanhas de ciência cidadã, onde nós ajudamos grandes pesquisas da área espacial a encontrar e catalogar asteroides, galáxias, exoplanetas, meteoros entre outros astros”, detalha.

“Com a NASA, fomos reconhecidos após a descoberta de 20 asteroides no projeto International Astronomical Search Collaboration (IASC) onde seguimos participando até hoje”, afirma a astronauta análoga.

Lutar continuamente

Rotina da astronauta análoga é divulgada no Instagram @juliana.leonet (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

“Minha mensagem sempre vai ser a mesma: eu sempre amei a astronomia e a ciência, mas isso não basta, gostar de algo não basta você precisa lutar e se esforçar para fazer aquilo acontecer. O caminho até o seu objetivo  tem muitas pedras no caminho e muitas vezes você terá que lutar consigo mesma para ser sua melhor versão sempre que puder”, finaliza Juliana Leonet.

Segundo a astronauta análoga, um dos seus próximos passos é o lançamento de um livro com orientações e técnicas para caçar asteróides. Quem quiser acompanhar a carreira e as conquistas de Juliana pode acessar o seu Instagram @juliana.leonet .

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