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Coronavírus

Médico destaca alto poder de infecção da Covid-19

Dr. João Felipe Zattar afirma que pessoa infectada pode contaminar, em média, até dois indivíduos

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Desde o início do surgimento do novo Coronavírus, um dos aspectos mais preocupantes para as autoridades de saúde é o poder de transmissão da doença. O médico em Paranaguá, Dr. João Felipe Zattar, defende que a única forma de evitar esse poderoso contágio é orientar as pessoas a ficarem em casa. O alerta é válido porque o indivíduo pode estar contaminado, não apresentar sintomas e, ainda assim, transmitir o vírus.

“Infelizmente, muita gente ainda não percebeu que o Coronavírus é uma pandemia, está no mundo inteiro. A pessoa que pega o Coronavírus pode começar a ter os sintomas entre o segundo até o 14.º dia. Mas, em média, os sintomas aparecem entre o quarto e o sexto dia. A partir do quarto dia aumenta a carga viral a ponto de começar a sentir alguma coisa, e daí ela transmite para uma pessoa, no quinto dia transmite para outra, no sexto dia ela percebeu que pode estar com a doença e ela se isola. Naturalmente, em média, uma pessoa pode transmitir para mais duas”, explicou.

O profissional destacou o que pode acontecer se as medidas de precaução não forem tomadas neste momento. “A cada cinco dias, a transmissão dobra, por isso os diagnósticos para Coronavírus podem aumentar nos próximos dias se a gente não fizer nada”, alertou o médico.

Efeito rebanho

O médico ainda explicou como funciona o efeito rebanho, que faz com que mesmo pessoas não vacinadas sejam protegidas contra doenças, tomando como exemplo o sarampo, uma doença que foi considerada erradicada no País por anos. “Temos esse efeito na área de infectologia, muito conhecido pelos médicos. O sarampo, para que possamos erradicar, temos que vacinar 95% da população. Com esses 95% imunizados, eles não transmitem para o outro e os outros 5% não pegarão a doença porque ela não vai existir mais, o vírus não vai mais circular. Muitos especialistas dizem que o efeito rebanho para o Coronavírus é de 50%, mas estamos falando de uma pandemia, de uma infecção que causa sintomas muito similares à gripe, ou seja, que confunde muito a gente, e de uma doença que tem cerca de 1% de letalidade”, destacou Dr. João Felipe.

Segundo ele, as medidas necessariamente precisam ser tomadas agora para evitar que os índices de infecção aumentem e, com isso, mais pessoas sejam vítimas da doença fatal. “O País tem cerca de 210 milhões de pessoas, imagina que 50% dessas pessoas têm que adquirir o vírus para ter autoimunidade para termos a erradicação da doença no Brasil. A letalidade seria de um milhão de pessoas. Isso não quer dizer que vá acontecer, mas se a gente não fizer absolutamente nada, se todo mundo sair de casa e for viver a vida normal, pode acontecer. Por isso, não deve ter motivo maior para que você fique de casa”, salientou o médico.

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