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Coronavírus

Fiocruz reforça importância do passaporte vacinal para enfrentamento à Covid-19

Quadro atual é de estabilidade e tendência de queda de casos da doença

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Na sexta-feira, 1.º, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o novo Boletim do Observatório Covid-19, apontando um quadro de estabilidade nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Covid-19 no Brasil, com indícios de queda de casos da doença. Além disso, a fundação defendeu a utilização do passaporte vacinal, estratégia compreendida como importante para o controle do Coronavírus e em prol da saúde pública, destacando a necessidade de uma normatização a nível nacional em prol da segurança jurídica do comprovante de imunização.

“A proteção de uns depende da proteção de outros e de que não haverá saúde para alguns se não houver saúde para todos”, explica a Fiocruz. Segundo os pesquisadores do observatório, é “importante que sejam elaboradas diretrizes em nível nacional sobre o passaporte de vacinas, de modo a evitar a judicialização do tema, criando um cenário de instabilidade e comprometendo os ganhos que vêm sendo  adquiridos com a ampliação da vacinação”, complementa.

“Reforçamos, portanto, que esta estratégia é central na tentativa de controle de circulação de pessoas não vacinadas em espaços fechados e com maior concentração de pessoas, para reduzir a transmissão da Covid-19, principalmente entre indivíduos que não possuem sintomas”, explica a fundação.

De acordo com os cientistas, é necessário que haja equidade na vacinação, com universalidade e integralidade, princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) “no seu papel de garantir a saúde como um direito fundamental, cabendo ao Estado o dever de garantir a saúde através de políticas sociais e econômicas, como, por exemplo, o passaporte de vacinas”, completa. 

“A redução do impacto da pandemia de modo mais duradouro somente será alcançada com a intensificação da campanha de vacinação, a adequação das práticas de vigilância em saúde, reforço da atenção primária à saúde, além do amplo emprego de medidas de proteção individual, como o uso de máscaras e o distanciamento social”, destaca a Fiocruz.

Incidência da Covid-19 e ocupação de leitos

Com relação às Semanas Epidemiológicas (SE) 37 e 38, o Boletim da Fiocruz destaca que o avanço na vacinação contra a Covid-19 está ocasionando um cenário positivo.  reforça que os avanços na vacinação vêm contribuindo para um cenário positivo. “De acordo com a análise, há redução nos números absolutos de internações (-27,7%) e óbitos (-42,6%). Contudo, o quadro atual mostra que, uma vez que a população vem sendo beneficiada de forma mais homogênea com a vacinação, o grupo de idosos se consolida como mais representativo entre os casos graves e fatais, com 57% das internações e 79% dos óbitos: Novamente, pela primeira vez desde o início da vacinação entre adultos, todos os indicadores (internações, internações em UTI e óbitos) passam a ter a média e a mediana acima de 60 anos”, informa.

Apesar do controle, é necessário que os cuidados prossigam, visto que a análise feitas dos casos de SRAG apontou que “mesmo com a redução de incidência nas semanas anteriores, a grande maioria dos estados encontra-se ainda em níveis altos ou muito altos, acima de um caso por 100 mil habitantes”, acrescenta. “Isso, segundo os cientistas, evidencia a necessidade de atenção, com ações de vigilância em saúde para evitar estes casos graves, com sintomas que levam à hospitalização ou a óbito”, complementa.

25 estados estão fora da zona de alerta na taxa de ocupação de leitos da Covid-19, com taxas inferiores a 60%, algo que inclui o Paraná.”Ao mesmo tempo, permanecem na zona de alerta intermediário o estado do Espírito Santo (elevação das taxas de ocupação apesar de manter o mesmo número de leitos) e o Distrito Federal (elevação das taxas de ocupação como resultado da redução do número de leitos). Oito estados também reduziram o número de leitos de UTI Covid-19 para adultos, mantendo-se fora da zona de alerta”, destaca a fundação.

Morte em idosos

Segundo a Fiocruz, com relação à analise demográfica, no último boletim foram feitas comparações para o período entre a SE 1 (3 a 9 de janeiro) e a SE 37 (12 a 18 de setembro) de 2021. Os dados sinalizam que, “uma vez beneficiada de forma mais homogênea com a vacinação, a população tende a ter relativamente mais casos graves e fatais entre idosos, concentrando-os novamente nas idades mais avançadas. A comparação com a quinzena anterior evidencia o declínio no número de internações (-27,7%) e óbitos (-42,6%), e ele ocorre em todas as faixas etárias”, acrescenta. 

“No entanto, o grupo com idosos de 90 anos e mais mostrou menor redução (-17,3% para casos e -28,6% para óbito). A mediana de internações, ou seja, a idade que delimita a concentração de 50% dos casos que levaram a internação, chegou ao menor patamar de 51 anos entre a SE 23 (06 a 12/06) e 27 (04 a 10/07). Na SE 37 a mediana foi de 65 anos. Para os óbitos, a menor mediana, que foi de 58 anos, foi observada entre a SE 21 (23 a 29/05) e SE 24 (13 a 19/06), e na SE 37 foi de 74 anos. Para as internações em UTI, o período de menor mediana foi o mesmo que o dos óbitos (53 anos), e na SE 37 o patamar foi de 67 anos. A média de idade das internações, internações em UTI e óbitos na SE 37 foi, respectivamente, 60,9; 63,1 e 71,4 anos”, finaliza a fundação.

Com informações da Fiocruz

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