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Ciência e Saúde

Casos de SRAG apresentam queda no Paraná no início de 2023, informa Fiocruz

Novo Boletim aponta redução de casos entre adultos

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Foto: André Az/Fiocruz

Na quinta-feira, 5, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou a primeira edição Boletim InfoGripe Fiocruz em 2023, onde os dados apontaram uma queda lenta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em praticamente todas as faixas etárias da população adulta no contexto geral do Brasil, algo que inclui o Paraná. Apesar disso, a Fiocruz alerta para que se tenha cautela na interpretação das estatísticas, uma vez que os efeitos das celebrações de final de ano, com aglomeração de pessoas, só serão percebidos nos dados nas próximas semanas.

“O fator pode ser atribuído à diminuição de incidência de SRAG por Covid-19 nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, além da interrupção da tendência de crescimento em outras unidades federativas do país. Apesar do cenário favorável, 11 estados ainda apontam para crescimento nas últimas seis semanas”, afirma a Fiocruz.

Segundo o pesquisador  da Fiocruz, Marcelo Gomes, os impactos do aumento de casos por conta das celebrações de Natal e Ano Novo ainda não foram observados no último boletim. “Caso as exposições das festas realmente gerem impacto, ele só poderá ser observado nos casos associados a internações a partir da próxima semana”, afirma o coordenador do InfoGripe.

“O estudo indica queda nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica (SE) 52, período de 25 a 31 de dezembro de 2022, a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 2 de janeiro de 2023”, informa a Fiocruz.

78% dos casos de SRAG foram de Covid-19

De acordo com os dados da Fiocruz, nas últimas quatro semanas epidemiológicas analisadas, “a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 1,2% para influenza A; 0,1% para influenza B; 11,1% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 78,3% para Sars-CoV-2 (Covid-19)”, completa. “Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,7% para influenza A; 0,1% para influenza B; 0,4% para vírus sincicial respiratório; e 96,1% para Sars-CoV-2”, informa o boletim.

Entre crianças de zero a quatro anos, o vírus sincicial respiratório prossegue com presença expressiva no Paraná e nos outros estados do sul do País, bem como em São Paulo e Distrito Federal. “Também se observa aumento da presença desse vírus nas crianças do Espírito Santo, Minas Gerais e Roraima”, acrescenta.

Paraná

O Paraná está entre os 16 estados do Brasil que apresentaram redução, algo que inclui a capital do Estado, Curitiba. “Para os estados e capitais que apresentam queda, recomenda-se cautela na interpretação dos dados em função de eventual impacto das celebrações de final de ano, cujos possíveis efeitos só serão observados nas próximas semanas”, ressalta a Fundação.

“11 das 27 unidades federativas apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a SE 52: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins. Em todos esses estados, observa-se crescimento na população adulta, especialmente nas faixas etárias acima dos 60 anos, associado ao aumento de casos de SRAG por Covid-19. Apenas seis das 27 capitais apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo até o mesmo período: Boa Vista (RR), Goiânia (GO), Manaus (AM), Palmas (TO), Recife (PE) e Rio Branco (AC)”, finaliza a Fiocruz.

O boletim na íntegra pode ser acessado aqui.

Com informações da Fiocruz

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