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Coronavírus

Diretor da 1.ª Regional de Saúde comenta alta no índice de casos e óbitos no litoral

Medidas de prevenção precisam ser intensificadas (Foto: Arquivo)

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Em setembro, o índice de casos de Covid-19 e óbitos ocasionados pela doença no litoral do Paraná teve um acréscimo. Após uma ligeira queda no mês anterior, setembro iniciou com 5.204 casos na região e 119 óbitos. Alguns dias depois, no dia 14 de setembro, o litoral já somava 5.770 casos e 130 óbitos. 

Ou seja, em duas semanas, de 1.º a 14 de setembro, a região litorânea teve mais 566 confirmações e 11 óbitos. O diretor da 1.ª Regional de Saúde, em Paranaguá, José Carlos de Abreu, comentou sobre o aumento e abordou a necessidade de atenção às medidas de prevenção, fundamentais para que haja um controle da infecção.

“Os gráficos mostram que nós ainda estamos sob forte influência da pandemia. Tanto relacionado a casos confirmados, quanto óbitos, tivemos um pico de ocorrência na metade do mês de julho e, a partir daí, nós observamos em todo o litoral uma tendência de queda. Essa queda aconteceu de forma mais significativa no final do mês de agosto e em setembro nós estabilizamos, tanto para casos como para óbitos, um patamar considerado bastante elevado. Isso significa que a ocorrência ainda é grande no litoral e que o vírus ainda está circulando”, considerou Abreu.

Segundo ele, é importante lembrar para a população que a circulação do vírus se dá de forma progressiva, portanto, nem todo mundo já foi exposto ao vírus. “A gente precisa manter as medidas sanitárias recomendadas, medidas não medicamentosas que se referem ao distanciamento social, evitar aglomeração, fazer uso da máscara, ter cuidado com a higienização das mãos e usar álcool 70, se possível. Se eventualmente alguém estiver com sintomas respiratórios deve buscar imediatamente os serviços de saúde. Se a gente não estiver atento a essas medidas vamos continuar tendo ocorrência de casos e óbitos”, salientou Abreu.


Impacto do feriado

O clima também teve influência nesse aumento no mês de setembro. “O que temos observado, especialmente nas últimas semanas, e nesse início de setembro, são reflexos daquilo que em partes a gente espera que aconteça no litoral. Nós tivemos alguns dias frios, depois uma onda de calor e parece que agora teremos um novo ciclo de frio. Quando isso ocorre, a transmissão viral fica facilitada, porque as pessoas tendem a ficar mais aglomeradas, não abrem as janelas”, disse Abreu.

Outro aspecto considerado pelo diretor da 1.ª Regional foi a movimentação de pessoas no litoral, propiciada pelo feriado prolongado e dias quentes que favoreceram o deslocamento de pessoas para a praia.

“O litoral teve um impacto por conta dos feriados e dessas ondas de calor que fazem com que grande parte da população, por mais que não vá frequentar a praia, acabe se reunindo. São pessoas que vêm de outras localidades, como a região metropolitana, que está com alto índice de circulação viral”, afirmou Abreu.

A pandemia não acabou

De acordo com ele, não se pode negar que a pandemia existe e que exige cuidados. “As pessoas estavam esperando que haveria um grande pico e que depois disso tudo voltaria ao normal. Houve sim esse pico no mês de julho, contudo imagine se houvesse uma grande ressaca no litoral e que o mar subisse 10 metros. Se isso acontecesse, estaríamos todos embaixo d’água. Hoje, a água baixou para cinco metros, as nossas casas ainda estão embaixo d’água. Portanto, temos que continuar mantendo todo o cuidado”, exemplificou.

Apesar de muitos moradores não apresentarem sintomas da doença e passarem ilesos pela infecção, vale lembrar que outros precisam ser internados. O Hospital Regional do Litoral (HRL) passou de 20 internados na Ala Covid na manhã de segunda-feira para 25 pacientes internados na terça-feira, 15.

“O reflexo nós já conseguimos observar nos últimos dias. Aumentou a taxa de ocupação no HRL, ressurgiu a ocorrência de óbitos e a taxa de transmissão começou a aumentar. Peço cautela a nossa população e atenção nossa, dos serviços de saúde, na busca dos sintomáticos respiratórios”, concluiu o diretor da 1.ª Regional de Saúde.

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