Dia D de combate à dengue mobilizou municípios com ações de limpeza e conscientização

Cerca de 75% dos criadouros do mosquito transmissor da dengue são passíveis de remoção, por isso ações de mobilização são necessárias para orientar a população quanto a importância de evitar o acúmulo de objetos que podem acumular água. Ainda que pequenos, esses itens podem se tornar criadouros do Aedes aegypti e, assim, ser uma ameaça à saúde.

No último sábado, 2, foi realizado o Dia D de combate à dengue. Em todo o Paraná, as equipes municipais, em parceria com as Regionais de Saúde, removeram focos do mosquito Aedes aegypti em casas, terrenos baldios e espaços públicos, como praças. Os profissionais também realizaram aplicação de fumacê em algumas localidades e entregaram material impresso com orientações de prevenção, em ruas e escolas do Estado. 

O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, falou sobre a importância dessas ações. “O Dia D de combate a dengue no Paraná acontece todo dia, mas neste sábado pedimos uma mobilização especial dos municípios para incentivar os cidadãos a reforçarem as ações dentro de casa, no fundo do quintal, nas praças públicas”, disse.

Municípios do litoral

No litoral paranaense, Paranaguá antecipou o mutirão para a sexta-feira, dia 1.º de março. A secretária municipal de Saúde, Lígia Regina de Campos Cordeiro, destacou a importância da ação para chamar a atenção de todos quanto aos riscos de contrair a doença e a necessidade de envolvimento da população no combate ao mosquito.

“Estamos unidos em uma causa comum, a luta contra a dengue. A participação da população é fundamental, dedicando apenas dez minutos por semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito em suas casas”, ressaltou Lígia.

Paranaguá ainda realizou a aplicação de bomba costal em locais com notificações de casos de dengue. Os agentes de endemias utilizam a bomba nos focos para criar uma barreira.

Segundo a 1.ª Regional de Saúde, também foram realizadas ações nos municípios de Antonina e Morretes. “Precisamos da sua ajuda para vencer essa guerra contra o mosquito. Mantenha recipientes limpos e sem acúmulo de água parada, use repelente e ajude a combater o mosquito transmissor. A dengue é um problema sério, mas juntos podemos fazer a diferença”, divulgou a secretaria municipal de Saúde de Morretes.

Em Antonina, várias secretarias atuaram em conjunto para realizar o mutirão. “No último sábado, dia 2, a Prefeitura de Antonina, através da Secretaria Municipal de Saúde, de Obras, Meio Ambiente, ACS e Vigilância em Saúde realizaram o Dia D mobilização contra a Dengue no município. A ação foi realizada nos bairros do Batel e Malvinas visando a remoção de focos e a conscientização da população sobre os cuidados que devemos ter contra o mosquito”, enfatizou a secretaria de Saúde de Antonina.

Vacinas

O Paraná recebeu, no dia 22 de fevereiro, 35.025 doses da vacina Qdenga, produzidas pela farmacêutica Takeda. Até o momento, não há previsão de envio de novas remessas pelo governo federal e nem a inclusão de novas regiões para receber o imunizante.

“O momento é crítico, não temos vacina para todo mundo e, por isso, as ações de limpeza e conscientização são tão importantes. A dengue é uma doença evitável, se não tem mosquito, não tem doença, então precisamos nos unir neste combate”, acrescentou o secretário de saúde.

Recursos

Na última semana, o Ministério da Saúde ampliou para R$ 1,5 bilhão os recursos reservados para apoiar Estados, municípios e o Distrito Federal no enfrentamento de emergências, como a alta de casos de dengue no País. Em 2023, a pasta já havia reservado R$ 256 milhões para esse fim. Também foi anunciada a aceleração da liberação de recursos para estados e municípios que decretarem emergência, seja por dengue, outras arboviroses ou situações que acometam a saúde pública.

O Ministério da Saúde reforça que, apesar da vacinação contra a doença iniciada em algumas cidades, que a principal medida de prevenção é a eliminação dos criadouros do mosquito. Daí a importância de receber os Agentes de Combate a Endemias e Agentes Comunitários de Saúde, que vão ajudar a encontrar e eliminar possíveis criadouros.

Com informações do Ministério da Saúde, Governo do Paraná e Prefeituras