Em 8 de janeiro é comemorado o Dia do Fotógrafo. A data reverencia pessoas que se dedicam a capturar sentimentos em forma de imagens, congelando momentos para a posteridade.
Amadores ou profissionais, com celulares ou câmeras, todos seguem o mesmo objetivo, registrando sorrisos, paisagens e motivos diversos de acordo com suas impressões. A reportagem da Folha do Litoral News conversou com algumas pessoas que são apaixonadas pela arte de fotografar. Elas falaram um pouco sobre essa paixão.
LIZANGELA E A PAIXÃO POR FOTOGRAFIA
Lizangela Pinto Siqueira conta que a paixão por fotografia é antiga, pois vem do seu pai, também fotógrafo amador, amante da história. “Por onde ando vejo algo a fotografar, com o tempo passamos a ter um olhar diferenciado. Uma flor, um pôr do sol, um momento único tudo passa a ser registrado e guardado para o futuro. Sou do tempo da máquina com filme, quando as poses eram poucas e torcíamos para não queimar. Agora na era digital tudo ficou mais fácil e prático. Não sou profissional, mas minha paixão é tão ou igual. Quando saio sem celular ou máquina sempre me arrependo, pois em qualquer lugar e hora acho algo a ser registrado. Neste dia digo: felizes somos nós que registramos os momentos e os deixamos para a eternidade”.
RAFAEL E O SONHO DE INFÂNCIA
Rafael Pinheiro é fotógrafo profissional e herdou a paixão da sua avó que colecionava câmeras fotográficas, mesmo sem ser fotógrafa. “Ela tinha uma coleção com cerca de 30 câmeras em casa. E eu ficava olhando os modelos e criava muitas perguntas, pois eram todas analógicas. Eu sempre queria mexer nessas câmeras, assim como toda criança curiosa, queria tocar e encostar e minha avó não deixava, pois ela tinha muito cuidado”, recorda. Aos 9 anos, Rafael ganhou uma câmera descartável, que foi um sonho realizado. “Mais tarde ela viu que a coisa foi ficando mais séria e me deu de presente uma digital, apesar de simples, assim foi meu começo. A partir daí a paixão por fotografia aumentou, depois vieram outras e assim fui me aperfeiçoando. Hoje é a minha profissão. É aquilo que me motiva cada vez mais a continuar porque é um trabalho diferente a cada dia, não existe rotina. Da infância até hoje é uma paixão muito grande que aumenta cada vez mais”.
CIBELE E O RETRATAR DE BELEZAS OCULTAS
Cibele Martins está sempre com o olhar atento a tudo em sua volta. Ela se considera apaixonada por fotografia, atividade que é seu hobby. Essa paixão começou ainda na adolescência, quando ganhou a minha primeira câmera digital. “Desde então, meu amor pela fotografia só vem aumentando. Hoje, com 32 anos, o meu foco é a arquitetura, a cidade, o meio urbano e o dia a dia em geral são minhas inspirações. Minhas fotos preferidas estão ligadas ao Rio Itiberê, Rua da Praia e aquelas que as nuvens aparecem para dar um toque especial na captura da imagem. Não sou profissional, não tenho curso nenhum de fotografia, sou apenas uma apaixonada por fotos que gosta de clicar tudo o que vê pela frente para mostrar através do meu olhar a beleza que muitos não enxergam”.
MOYSES: “FOTOGRAFIA É MEU MUNDO”
Moyses Zanardo é fotógrafo profissional e define a fotografia como a vida congelada por frações de segundos, momentos que serão sempre revividos através do papel. “A paixão pela fotografia surgiu desde quando me conheço por gente. O meu pai fotografava muito, era ele o grande responsável pelos registros da família e eu ficava maravilhado com as fotos. Minha primeira câmera comprei aos 12 anos e hoje, com 36, ainda sinto as mesmas sensações que sentia quando criança. É o meu mundo, meu trabalho, meu hobby… enfim, minha vida”.
GIOLETE, FOTOS RELIGIOSAS E LIGADAS AO MAR
Giolete Babinski é jornalista, catarinense, portuária e mora em Paranaguá há 13 anos. “Não me considero fotógrafa, apenas uma jornalista que tira fotos. Para ser sincera, minha relação com a fotografia não começou muito bem, fiquei em ‘recuperação’ nesta matéria quando fiz faculdade há 30 anos. Já em 2010 trabalhei na assessoria de Comunicação do Porto e fazia o jornal interno, um impresso tipo mural. Conheci o Rodrigo Leal, um grande fotógrafo que também trabalhava lá. Ele foi me ensinando a usar uma máquina profissional, foi me dando dicas, enfim, foi meu mestre e vendo as maravilhosas fotos que ele fazia me encantei pela fotografia”, destaca.
“Anos depois, em 2017, fui voluntária na comunicação do Santuário do Rocio, comprei uma máquina semiprofissional e fui me aprimorando. O Porto, meu trabalho, é ao lado do Santuário, minha Igreja, assim fui me formando ‘fotógrafa’ nestes dois ambientes: o marítimo e o religioso. Por isso, considero as fotos religiosas e as ligadas ao mar como minha especialidade”.
MYRO E O REGISTRO DO AMANHECER EM PARANAGUÁ
Myro Soares é conhecido nas redes sociais por postar todo os dias imagens de Paranaguá. Ele conta que gosta de fotografar o amanhecer em Paranaguá na Rua da Praia e às margens do Rio Itiberê. “Também gosto de fotografar o cotidiano da cidade assim como os animais de ruas que eu chamo de ‘serumaninhos’. Comecei a fotografar porque tenho uma irmã que mora fora do Brasil e ela me pedia para tirar fotos da cidade para matar a saudade. Comecei a postar nas minhas redes sociais e as pessoas me pediam para fotografar mais. Isso já venho fazendo há seis anos”.