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Ser professor: a busca constante por conhecimento

Realidade contemporânea exige que profissionais busquem atualização e novas práticas pedagógicas para aproximação com os alunos

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O profissional da educação precisa constantemente se atualizar para oferecer aos alunos novas práticas pedagógicas que fortaleçam o conhecimento e os vínculos criados em sala de aula. Neste Dia dos Professores, duas educadoras contam como procuram se aperfeiçoar no dia a dia para se renovar. Jane Mary Pires de Toledo atua desde os 19 anos na educação e se dedica a dar aulas de música para crianças do Ensino Fundamental I. Já Ellen Joana Nunes Santos Cunha, leciona há 11 anos e atua como professora do ensino profissionalizantes para jovens e adultos.

APROXIMAÇÃO ATRAVÉS DA MÚSICA

A professora de música na Escola Municipal Arminda Souza Pereira, Jane Mary Pires de Toledo, iniciou na educação aos 19 anos. Ela acredita que a atualização profissional não deve partir somente do pressuposto de oferecer mais conhecimento, mas também da capacidade de relacionamento. “É muito importante que cada professor obtenha um perfil atual, assim como eu trabalho com turmas desde o 1.º ano até 5.º, não é tudo igual, mas é tudo muito perfeito se o professor atua com sinceridade, disposição, disponibilidade, esquecendo os problemas, porque o educando está sedento de atenção. Além disso, anseiam por amizade e confiança. Sempre que encontro com as crianças fora de sala de aula, me deparo com perguntas intrigantes, respostas, brincadeiras e, quando acho interessante, eu anoto, e assim, procuro sentir o que elas estão sentindo”, explicou.

Parte do conhecimento de como lidar com o público infantil vem do médico psiquiatra, psicoterapeuta, pesquisador e escritor, Augusto Cury. “Para mim, que já tenho uma certa idade, é importante estar perto deles, me sinto amada, porque nós temos a necessidade de sentir a confiança dos alunos e o respeito humano, como indivíduos. O Augusto Cury nos fala muito sobre a vida no cotidiano, a boa impressão que devemos lançar na sala de aula, enfatizando o valor da criança na sociedade. É muito importante nos atualizarmos com este doutor das letras e da vida”, mencionou Jane Mary. O autor também é o criador da Escola da Inteligência, um programa educacional que desenvolve a educação socioemocional.

As aulas da professora Jane Mary também contam com alguns minutos de relaxamento através da música, resultando em maior proximidade com as crianças.

“O aluno carece de uma pedagogia atual, mais facilitada, não nos esquecendo dos temas, seja em cálculos, seja na literatura ou na ciência, precisa ter pinceladas de aproximação entre professor e aluno. Costumo colocar músicas clássicas para eles ouvirem e sussurro a eles o valor que possuem em sua família, na sociedade e na escola. Isso tem facilitado muito. Ao mesmo tempo, sinto autoconfiança, porque sei que eles precisam ouvir essas palavras carinhosas que muitas vezes não ouvem em casa”, contou Jane, que também é professora de música.

Para ela, a música é peça chave para nortear a vida do ser humano. “A boa música transforma, ela atinge o cérebro e o coração das pessoas. Na minha concepção, isso é ser atual. No século XXI, o educador e o educando têm que dar as mãos para conviver juntos e assim refletir. As crianças precisam ser ouvidas e respeitadas antes de serem cobradas”, disse Jane Mary.

“O professor está em pleno movimento. Temos que participar de outras formações continuadas para conseguir acompanhar”, disse a professora Ellen Joana Nunes Santos Cunha

PROFISSIONAL EM MOVIMENTO

Já a professora Ellen Joana Nunes Santos Cunha, hoje se dedica ao ensino profissionalizante, no Instituto Estadual de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha. Para ela, o mundo globalizado exige que o professor se atualize. “Se nós nos apegarmos apenas na nossa formação lá do início, não conseguimos acompanhar o mundo. Como somos profissionais que formamos cidadãos, temos que nos atualizar. O professor está em pleno movimento, temos que participar de outras formações continuadas para conseguir acompanhar. Lidamos com muitas gerações e não tem como falarmos do hoje sem se situar no ontem e no que será amanhã. Temos que ter a mente aberta para aceitar que as mudanças ocorrem”, disse Ellen.

Trabalhar com adultos, segundo ela, oferece um desafio a mais, que é superado por práticas pedagógicas que convidam o aluno a participar da aula.

“Muitos chegam cansados por trabalharem durante o dia e a gente tem que inovar para chamar a atenção deles. Sempre tento ver o que está acontecendo no momento, as notícias, para trazer para a sala de aula. Percebo que quando faço isso, os alunos participam. Eles se sentem contemplados pelo fato de ser algo que eles já ouviram ou viram. Não é fácil, mas quando alcançamos, aumentamos o interesse”, relatou Ellen.

De acordo com ela, os professores que atingem a tríade ciência, tecnologia e sociedade alcançam seu objetivo. “Quando alcançamos atingimos um nível ótimo de aprendizado, porque se dá sentido ao que está sendo ensinado. Mesmo com adultos e adolescentes, quando alcançamos isso, promovemos o indivíduo e isso envolve muito empenho e estudo dos professores”, comentou Ellen.

A troca de experiências com os alunos também é, segundo ela, algo fundamental para os professores. “Costumo agradecer aos meus alunos, no fim do semestre, o contato com eles. Existe uma troca e ela é muito intensa. Todos os dias aprendemos e ensinamos. Uma vez no Ensino Fundamental, percebi que as crianças se perturbam com as questões que veem no mundo e enxergam no professor o responsável por essas respostas. Temos a obrigação de mostrar a eles a qualidade dos questionamentos e o que é realmente necessário aprender”, concluiu Ellen.

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