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Semeando Esperança

Viver como irmãos e irmãs, um caminho quaresmal

“Minha alma está cheia de gratidão!” disse o Papa Francisco, após sua viagem apostólica ao Iraque, de 05 a 08 de março

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Viver como irmãos e irmãs, um caminho quaresmal

“Minha alma está cheia de gratidão!” disse o Papa Francisco, após sua viagem apostólica ao Iraque, de 05 a 08 de março. Gratidão a Deus e a todas as pessoas que tornaram possível sua visita, uma graça que lhe concedida por Deus de pisar a terra de Abraão, nosso pai na fé, onde nenhum outro papa havia estado. Em Roma, no dia 10, Francisco fez memória desta inesquecível “peregrinação”, destacando duas grandes características bem quaresmais: penitência e fraternidade.

Penitência. “Experimentei o forte sentido penitencial desta peregrinação: não podia aproximar-me daquele povo martirizado, daquela Igreja mártir, sem carregar, em nome da Igreja católica, a cruz que eles carregam há anos; uma grande cruz, como aquela colocada à entrada de Qaraqosh. Senti-o de forma particular quando vi as feridas ainda abertas da destruição, e ainda mais quando conheci e ouvi as testemunhas que sobreviveram à violência, à perseguição e ao exílio”.

Fraternidade. “A guerra é sempre o monstro que, na medida em que os tempos mudam, se transforma e continua a devorar a humanidade. Mas a resposta à guerra não é outra guerra, a resposta às armas não são outras armas. A resposta não é a guerra, mas a resposta é a fraternidade. Eis o desafio para o Iraque, mas não só: é o desafio para muitas regiões de conflito e, definitivamente, é o desafio para o mundo inteiro: a fraternidade”. Foram destacadas como experiências de fraternidade: a oração inter-religiosa – “cristãos e muçulmanos nos encontramos e rezamos com representantes de outras religiões em Ur, onde Abrão recebeu o chamado de Deus há cerca de quatro mil anos. […] Enquanto estávamos juntos sob aquele céu luminoso, o mesmo céu em que o nosso pai Abrão viu a nós, sua descendência, no nosso coração parecia ressoar esta frase: Sois todos irmãos”; o o encontro na “Catedral sírio-católica de Bagdá, onde em 2010 quarenta e oito pessoas, incluindo dois sacerdotes, foram assassinadas durante a celebração da Missa. […] O meu entusiasmo por estar no meio deles fundia-se com a sua alegria de ter consigo o Papa”; o empenho comum para reconstruir, com grade dificuldade, Mossul e Qaraqosh, ressaltando o fato de que “os muçulmanos convidam os cristãos a regressar e, juntos, restauram igrejas e mesquitas. Fraternidade é isto”, afirmou; as celebrações eucarísticas, uma em Bagdá, em rito caldeu, e a outra em Erbil. “A esperança de Abrão e da sua descendência realizou-se no mistério que celebramos em Jesus, o Filho que Deus Pai não poupou, mas ofereceu para a salvação de todos: pela sua morte e ressurreição, Ele abriu-nos a passagem para a terra prometida, para uma nova vida onde as lágrimas são enxugadas, as feridas curadas, os irmãos reconciliados”.

Enfim, retomo um dos questionamentos do Papa Francisco, durante a Catequese: “Seremos capazes de viver a fraternidade entre nós, de viver uma cultura de irmãos? Ou continuaremos com a lógica iniciada por Caim, a guerra?”

Acreditemos: Fraternidade e Diálogo são um compromisso de amor!

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