conecte-se conosco

Paraná Empreendedor

Antonio Bley, um expoente do Paraná

Dono de uma meteórica e brilhante carreira no judiciário paranaense e na defesa da ética jurídica e do estado de direito, Bley foi um grande personagem da história do Paraná

Publicado

em

Em 15 de fevereiro de 1850 nascia em Rio Negro Antonio Bley, oitavo filho de um imigrante luxemburguês. As precárias condições de vida que caracterizavam a segunda metade do século 19, não limitaram a ida para São Paulo, atrás de seus ideais e da profissão. Graduou-se advogado, aos 25 anos.

De volta ao Paraná, em 1876 uma meteórica carreira no judiciário — promotor em Campo Largo, juiz municipal em Castro, juiz de direito de Ponta Grossa e de Tibagi — caracterizada pela competência e fidelidade à ética jurídica. De volta a Castro, em 1894, deixou a magistratura e depois foi para Ponta Grossa.

Em de abril de 1894 Antonio Bley foi preso por ordem do então governador em exercício, Vicente Machado, sob a acusação de ser um “Maragato”, integrante das tropas sulistas que sustentaram sangrentos combates com tropas do Governo Federal na Revolução Federalista.

Consta da história que Vicente Machado teria feito a falsa denúncia movido por sentimento de vingança, acumulado nas intensas discussões que manteve com Bley nos tribunais e pelos jornais da época, durante o período revolucionário.

Mantinham pontos de vista opostos sobre o regime coronelista imposto à República pelos poderes políticos, ao fim da Revolução Federalista. Os vencedores, defensores do mandato do presidente Marechal Floriano, mantinham o poder pela força das armas e da intimidação. Bley discordava, pois tinha arraigado envolvimento com os princípios do Estado de Direito que sempre defendeu. 

Levado preso para Guarapuava e depois a Curitiba, compartilhou o cárcere com outros personagens que defendiam posições políticas na época. Por pouco não foi incluído na viagem de trem a Paranaguá na qual foi fuzilado Hidelfonso José Correia, o Barão do Serro Azul, e outros, no Pico do Diabo, na Serra do Mar.

Após esse período contencioso, Antonio Bley foi libertado e acionou o Estado, provando a falsidade da acusação que lhe fora imposta, sendo reconhecido pelo Estado, retomando a sua carreira de magistrado.

Sempre defendeu suas posições, em campanhas de preservação dos direitos da cidadania e engajou-se em movimentos cívicos. Faleceu em Castro em 12 de maio de 1911.

Em alta

plugins premium WordPress