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Maçonaria

O Natal e a Lei do Amor Fraterno (1)

Estamos a poucos dias de mais um 25 de Dezembro, e sob este pretexto apresentaremos, nesta semana e na próxima, algumas considerações sobre o “Natal”, do ponto de vista da Maçonaria

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MAÇONARIA

Estamos a poucos dias de mais um 25 de Dezembro, e sob este pretexto apresentaremos, nesta semana e na próxima, algumas considerações sobre o “Natal”, do ponto de vista da Maçonaria. Antes de mais nada, porém, é necessário recordar alguns fundamentos já expostos aqui, os quais permitem uma melhor compreensão quanto a esse ponto de vista peculiar. 

A Maçonaria não é uma religião, mas é religiosa por subsistir na crença na imortalidade e em um Princípio Criador Supremo. A Liberdade é outro de seus princípios máximos, e coerentemente ela não se aferra a dogmas, prevenções ou superstições e, neste particular, jamais impõe ao Maçom nenhuma prática religiosa específica. 

O indivíduo Maçom é, portanto, livre para professar a religião que melhor lhe aprouver e, sendo cristão ou não, livre para comemorar o Natal ou qualquer outra efeméride que a sua Fé personalíssima considere significativa.

Por isso, requer-se separar “instituição Maçonaria” de “homem “Maçom”. Aquela tem entre seus objetivos a investigação da verdade. Sendo essencialmente ecumênica e universal, reúne pessoas com diferentes crenças, ideias, perspectivas, inclusive mas não se limitando ao que diga respeito à espiritualidade. Este, o Maçom, goza do privilégio da liberdade de pensamento, com a responsabilidade que lhe é inerente.

Nesse sentido, a Maçonaria irá respeitar e reconhecer Jesus Cristo como um dos grandes benfeitores da Humanidade, mas fará o mesmo com Maomé, Buda e outros profetas e/ou filósofos, ou seja qual a denominação que recebam. Interessa a ela o legado filosófico, ético e moral, que cada um destes grandes personagens históricos deixou para o ser humano. A instituição busca o aperfeiçoamento moral do homem e, para tanto, aproveita-se do rico significado real ou simbólico de cada ensinamento, mas não atribuirá a esses seres reconhecidamente iluminados um caráter de divindade e tampouco lhes prestará culto, pois isto é reservado à mais íntima consciência individual. 

Decorre que “nós os Maçons estamos sempre entregues à reflexão e à pesquisa da verdade, nunca paramos, entendendo que todo conhecimento é provisório, pois falta-nos muito ainda a ser conhecido” (Miranda). Com isso, o indivíduo Maçom, especialmente o cristão, mas também aquele que não é cristão, saberá reconhecer que o chamado “espirito de Natal”, que se expande nesta época do ano, é capaz de proporcionar benefícios à humanidade. 

“É uma felicidade respirar a alegria do Natal! Em seu bojo percebemos a alegria, a bondade e a gentileza dos adultos, ao lado do doce sonho das crianças. Que bom se todos deixarmos continuar vivendo em nós as vibrações do amor, da fraternidade, da tolerância, da compaixão, aproveitando os benefícios que a festa máxima da cristandade nos oferece.”

“E todos nós devemos contribuir para a formação de uma egrégora propícia aos ideais de fraternidade e de amor pregados por Jesus Cristo. Essa egrégora (palavra de origem grega, que significa a reunião ou somatória de vibrações físicas, mentais e espirituais) nada mais é que um tecido de energia, para cuja contextura contribuímos com nossos pensamentos e intenções. E dela recebemos de volta os efeitos dos desejos que emitirmos com relação a nossos semelhantes”.

“Amor”, “fraternidade”, “tolerância”, “compaixão”, “nascimento” e “luz” são conceitos cristãos muito preciosos para o Maçom, sobre os quais nos aprofundaremos um pouco mais na próxima semana. 

Por ora, “tenhamos sempre conosco que o Natal representa o nascimento de uma nova era, de uma luz intensa que deve brilhar em todos os dias de nossa vida e em cada ato de nossa existência”. 

Com base em informações do GOB-PR, REAA, e com trechos de artigo de Pedro Campos de Miranda (em “Arte Real – os caminhos da Maçonaria”).

Responsável: Loja Perseverança ([email protected]) – Jorn. Fernando Gerlach (DRT-PR nº 2327)

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