A reclusão e o isolamento social que estamos tendo que cumprir vai contra tudo que estamos habituados a viver. A conexão social é uma necessidade humana, é condição primária para que nos sintamos completos.
Por isso, mais do que nunca, precisamos ser inteligentes emocionalmente.
As incertezas e o medo tendem a tomar conta de nossos pensamentos, influenciando fortemente nossos comportamentos, tomadas de decisão e memória.
Os efeitos dessa crise já se encontram em muitas pessoas e lugares. São brigas familiares cada vez mais frequentes, discussões sem motivo aparente em supermercados… nas redes sociais então, as opiniões tornam-se uma arma de depreciação ao outro.
A incerteza sobre como serão os próximos dias (mesmo que nunca saibamos, mas o cumprimento de compromissos diários nos mantém seguros e com certa sensação de controle), nos causa angústia e ansiedade.
Agora é o momento de nos aprimorarmos em nossa inteligência emocional. Ser inteligente emocionalmente é ser capaz de lidar com as adversidades. É gerar movimento de mudança em benefício próprio e social.
É claro que você, caro leitor, pode estar pensando que falar (ou escrever) sobre isso seja fácil, enquanto que o difícil mesmo, é agir.
Eu gostaria de lhe dizer que em nada é tarefa fácil, nem escrever, nem falar e nem agir. Sabe por quê?
Nosso cérebro, em um primeiro momento, tende a rejeitar tudo aquilo que contradiz o que sabemos ou que estamos habituados a fazer. E, infelizmente, nós não somos ensinados desde cedo a sermos inteligente emocionalmente. Estamos ainda aprendendo a estudar, ensinar e agir com inteligência emocional.
Precisamos entender que todos vivenciamos em algum momento emoções negativas. Isso é natural. O importante é ter equilíbrio. Gerenciar suas respostas é a chave da inteligência emocional.
Quando conhecemos nossas emoções podemos tomar novas decisões, mudar o rumo dos pensamentos e agir de maneira mais assertiva. E, agir de forma assertiva traz mais leveza a vida.
A curto e a longo prazo a elevação dos níveis de stress geram múltiplos problemas: pensamentos autodestrutivos, doenças neuropsiquiátricas, doenças cardiovasculares e diminuição da ação do sistema imunológico.
Desenvolver a inteligência emocional nos permite atuar no mundo tirando proveito dos desafios, conquistando pertencimento ao contexto social e a um sentimento de plenitude.
Desafios geram oportunidades de crescimento. Portanto, tenhamos certeza de que esta crise passará e nós sairemos dela mais aptos a viver em sociedade e mais gentis com nós mesmos.