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Crônicas

O dia vinte e cinco

Por: Kátia Muniz

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Não basta todo o esforço despendido entre os onze meses do ano em que tentamos, muitas vezes sem sucesso, liquidar compromissos e afazeres que ganham volume em agendas cada vez mais escassas de um período livre.

Dezembro chega e vem para testar o nosso fôlego. Quer saber quanto ainda nos resta de oxigênio e nos coloca à prova.

Há uma urgência em resolver o que foi protelado. Inicia-se uma corrida contra o tempo antes que repartições públicas e profissionais liberais entrem em recesso.

Além de tudo isso, ainda é preciso resgatar e montar a árvore de Natal, pendurar guirlandas e luzinhas, comprar presentes para os familiares e amigos, ajudar as crianças a escrever as cartinhas para o Papai Noel, escolher a louça e o arranjo de mesa, preparar a ceia e distribuir sorrisos. Não importa o tamanho do nosso cansaço, no momento em que todos estiverem à mesa, durante a ceia, é preciso transbordar alegria.

Mas como em toda maratona, uma hora é preciso cruzar a linha de chegada. Ao romper a faixa estaremos no dia vinte e cinco de dezembro. Uma segunda com cara de domingo. 

Para muitos, costuma ser uma data sem relógio em que é possível acordar a hora que desejar. Não há a necessidade de se preocupar com o cardápio para o almoço e, muito menos, para o jantar.

Após vencermos a dificuldade em levantar da cama, basta arrastar os chinelos para um destino certo: a geladeira. Nela, repousam, desde a noite anterior, as sobras que servirão de alimento para o restante do dia. 

Roupa confortável, música em volume envolvente, água e, quem sabe, mais tarde seja o momento certo para assistir a uma série na tevê ou ler um livro. Vale tudo desde que não se desfaça a paz e a harmonia do feriado.

O dia vinte e cinco não pede pressa. Ele costuma ser a recompensa por termos concluído a prova de resistência.

P.S: Caro leitor, seguem os votos de um feliz Natal!

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