Já perdi as contas de quantas vezes ouvi durante toda a pandemia frases como “ainda ninguém sabe” ou “não temos certeza” sobre diversas dúvidas que atingiram todo o mundo com a chegada da Covid-19.
É desesperador pensar que, depois de mais de um ano, as novidades sobre o assunto não param de surgir e, entre cepas, imunização e variantes, as dúvidas voltam a surgir, inevitavelmente.
O problema disso tudo são aqueles que se aproveitam dessas incertezas para atacar na fragilidade, no medo e, sem mensurar a gravidade disso, alimentam um outro mal que precisa ser combatido no Brasil: as fake news.

O que parece não ter a mínima relevância comparada à crise sanitária que vivemos hoje, a pandemia das fake news carrega números assustadores durante todo o período. Segundo pesquisa realizada pela Kaspersky, uma empresa global de cibersegurança, 62% dos brasileiros NÃO conseguem reconhecer se uma notícia é verdadeira ou falsa.
E pasmem: apenas 2% já ouviram falar no termo “fake news”.
Será mesmo desnecessário saber? E a credibilidade da fonte, de quem te contou, de onde ficou sabendo, não importa? Acho incrível que todo pai ou mãe já deve ter falado, incansavelmente, para seus filhos não confiarem em estranhos, não falaram? Hoje, em diversas vezes, são eles que te alertam que aquilo é uma montagem ou que aquela informação já foi desmentida.
O jogo virou? Talvez. Mas as pessoas não enxergam a necessidade de se questionar. De pesquisar, procurar saber mais, se atualizar sobre algo. E, tirando as classes que vivem em alguma condição de extrema vulnerabilidade ou em regiões com menos acesso à informação, para uma grande maioria é preciso usufruir melhor do “privilégio” de poder questionar e buscar as respostas.
Precisamos sair da caixinha. Essa é a vacina com maior eficácia contra o vírus letal da desinformação!