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Cidadania e Segurança

Até onde deve ir a liberdade dada aos nossos filhos?

O primeiro passo é o diálogo

Publicado

em

Coluna Francischini

Os pedófilos geralmente têm uma grande facilidade em convencer e alcançar os pontos frágeis de suas vítimas, utilizando da inocência das mesmas ao seu favor.
Quando viramos pai pela primeira vez, é normal conversar com quem tem mais experiência, pesquisar e aprender algumas “manhas” de como exercer a “profissão”, não é?
Brincadeiras à parte, a função de um pai é mesmo essencial e, nada mais justo do que dedicar toda a atenção possível para ser o melhor para o seu filho. Alguns pais escolhem o jeito mais duro e sério; outros são aqueles babões que não deixam desgrudar, ou tem aqueles que viram amigos, saem juntos e acompanham até nas baladas.
Independente do pai ou mãe que você seja, o assunto que vamos falar hoje é de extrema importância para você que ama, zela e cuida da vida do seu filho, principalmente com tantos monstros que vemos diariamente por aí.

Essa semana foi preso um homem acusado de cometer abuso sexual contra, pelo menos, 70 menores de idade. Depois de cometer os atos, o criminoso tirava fotos e enviava em grupos das famílias.
E sabe como ele tinha acesso aos jovens? Pelas redes sociais. O criminoso fingia ser uma menina adolescente para conversar com os rapazes, marcar encontros e pedir fotos sensuais.
A história desse monstro é apenas a ponta de um problema ainda maior que vem assombrando o país, principalmente durante a pandemia.
As denúncias de pedofilia sofreram um aumento expressivo desde que tudo isso começou. Entre 2013 a 2018, a Polícia Federal prendeu pouco mais de 500 pedófilos e, apenas em 2020, foram feitas mais de 80 operações com 32 presos.
A situação é gravíssima e não é de hoje, já alertava nossa ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, no início do ano passado, quando declarou que havia “um risco da legalização da pedofilia no Brasil”, já apresentando uma agenda de combate a esse tipo de crime.
Vale lembrar também sobre a “demora” nos ajustes necessários no Código Penal Brasileiro, que ainda não possui um dispositivo específico para pedofilia.
Dias atrás, o Ministério da Justiça e Segurança Pública realizou a maior operação da história no combate à pedofilia, atuando em mais de mil municípios, simultaneamente, em todo o Brasil. A ação inédita prendeu 1200 envolvidos em crimes de violência de contra menores e emitiu 1490 medidas protetivas.
Lembra quando falei sobre o criminoso preso essa semana e a forma como ele utilizava as redes sociais para escolher suas vítimas?
Com toda a evolução tecnológica, os smartphones e suas redes sociais, o nosso papel como pai ou mãe é estar sempre alerta. Mesmo com todas as operações feitas pelas forças de segurança é preciso acompanhar o uso e acesso dos nossos filhos à internet. É claro que pode existir uma relação de confiança, mas é necessário que haja discernimento e bom senso, principalmente se for uma criança que ainda não tem pudor e experiência para saber o que realmente está certo ou o que é real.
Os pedófilos geralmente têm uma grande facilidade em convencer e alcançar os pontos frágeis de suas vítimas, utilizando da inocência das mesmas ao seu favor.
O olhar atento dos pais, avós e pessoas mais próximas pode evitar grandes tragédias e traumas para a família e a criança. O primeiro passo é o diálogo, aquela conversa importante que não pode ser adiada e que trará à compreensão o perigo que ronda as redes sociais.
O segundo passo é o controle do conteúdo, a supervisão daquilo que os nossos filhos acessam no mundo virtual, e o acompanhamento das interações. Precisamos conhecer as pessoas com quem eles conversam, saber quem são.
Esses cuidados, apesar de parecerem pequenos, são importantíssimos quando o assunto é a proteção das crianças e adolescentes, que deve ser prioridade absoluta.
Se nós, adultos e experientes na vida, estamos sujeitos a cair em emboscadas cibernéticas, imaginem uma criança vulnerável, indefesa, ingênua, sem malícia.
Redobre a sua atenção!

Sejamos todos intolerantes com este grave crime.

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