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Praça Fernando Amaro

Paranaguá cresceu a partir do Itiberê, passando pela Rua XV, Catedral e terminando na Julia da Costa.

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Paranaguá cresceu a partir do Itiberê, passando pela Rua XV, Catedral e terminando na Julia da Costa. De um lado, a Capela do Bom Jesus – que também era a Santa Casa e possuía um cemitério aos fundos (atual CEF) – limitava a área urbana. Em seguida havia um areal até a primeira Estação Ferroviária e além dos trilhos a ocupação virava praticamente rural. Para o outro lado da catedral, passando a Igreja de São Benedito, o limite urbano ficava na antiga, importante e movimentada Praça Pires Pardinho, tradicional espaço de lazer, com corridas de cavalos e festas populares, próxima à Fonte Velha e onde construíram a nova Santa Casa.

Apesar da atividade portuária em crescimento no Porto D’Água, não havia trapiches de desembarque e a Alfândega permanecia no antigo Colégio dos Jesuítas, forçando o transporte dos passageiros e das cargas em barcos menores até o Porto da Rua da Praia. Esse fluxo de pessoas e mercadorias movimentava a estação ferroviária, colocando a árida faixa de areia no meio do progresso. Buscando melhorar aquela área atrás do cemitério da Capela do Bom Jesus, a prefeitura construiu a Praça Fernando Amaro em 1906 (um ano adiantado ao cinquentenário da morte do poeta, devido um engano na data de falecimento).

Segundo descrição de 1907, a pequena Paranaguá possuía 900 casas e 8000 habitantes. Suas ruas eram limpas, as fachadas estavam lindamente pintadas e o comércio progredia. Havia “uma importante fábrica de phosphoros, outras de velas, de fogos artificiaes, de vassouras, de cerâmica, de beneficiamento de erva matte, de café, arroz”. Uma linha de bondes a vapor ligava a cidade ao Rocio e ao Porto D’Água. Das seis praças, a recente Fernando Amaro tornara-se o novo espaço de lazer preferido dos parnanguaras.

Por Alexandre Camargo de Sant’Ana

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