A segunda maior floresta em extensão do Brasil precisa ser preservada e protegida a todo custo.
“De cada cem árvores antigas
Restam cinco testemunhas acusando
O inflexível carrasco secular,
Restam cinco, não mais.
Resta o fantasma
Da orgulhosa floresta primitiva” – Carlos Drummond de Andrade.
Aproveito a chegada da Primavera e as reflexões sobre o meio ambiente, a partir do “dia da árvore”, para homenagear aqueles que no passado tiveram a iniciativa de colocar como política pública o controle do desenvolvimento urbano e a gestão do meio ambiente.
Em 3 de junho de 1987 foi sancionada a Reforma Administrativa – Lei Estadual nº 8485, criando em sua estrutura a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – SEDUMA, com órgãos que atuavam no Saneamento Urbano, Política Habitacional, Saneamento Ambiental, Recursos Hídricos e Meio Ambiente, além de Assistência aos Municípios.
Em 1987, os governos do ES, RJ, SP, PR e SC (MG, BA e RS foram incluídos depois), elaboraram um protocolo, fruto de discussão entre os secretários estaduais, sobre a necessidade de preservar e conservar o meio ambiente, que culminou com a formação do Consórcio Mata Atlântica.
A ação do Consórcio Mata Atlântica foi tão bem coordenada, que influenciou os estados do Nordeste e o texto da Constituição Federal, de 1988, com consequências nos estados. São Paulo criou o Parque Estadual da Serra do Mar e tombou 300 mil hectares. O Paraná fez o tombamento da Serra do Mar em todo seu território.
Graças à criação do Projeto Floresta Atlântica, pelo consórcio, abrangendo os estados membros, foi possível viabilizar recursos junto ao Banco Mundial para implantar a Reserva da Biosfera da UNESCO, reconhecida em 1991, mesmo ano em que foi criada a Fundação SOS Mata Atlântica.
Ficam claros os objetivos, tanto no conceito da UNESCO, bem colocados nas Constituições Federal e Estadual, que a intenção é dar diretriz baseada em proteção e conservação da biodiversidade dos ecossistemas, ao conhecimento científico e ao desenvolvimento sustentável.
O Consórcio Mata Atlântica foi importante para manter um patrimônio que hoje pertence à humanidade, com o objetivo de proteção dos remanescentes florestais, da fauna e a implementação do desenvolvimento sustentável.
