Negacionismo (do francês négationnisme) é a escolha, consciente, de negar a realidade como forma de escapar de uma verdade desconfortável. Trata-se da recusa em aceitar uma realidade empiricamente verificável, sendo essencialmente, uma ação que não possui validação de um evento ou experiência histórica. No Brasil, o negacionismo refletiu num recorde de cerca de 341.000 mortes. Como se fosse pouco, ainda nos deparamos com outras bizarrices do tipo “NÃO PRECISAMOS DE VACINA, TEMOS CLOROQUINA”, contrariando todos os estudos científicos validados pela Organização Mundial da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde. E isto vai ainda mais além. Assistimos uma verdadeira “politização da pandemia”, onde políticos figuram a frente de ações que deveriam, obrigatoriamente, ser conduzidas por técnicos. Assistimos ainda à completa inabilidade de gestores da saúde, que instalam verdadeira desordem no processo de vacinação, desrespeitando protocolos sanitários, prazos de aplicação entre primeira e segunda doses e o consequente caos da administração pública, pelo desmonte da coisa pública em prol de um processo simples, protocolar e secular, que é a vacinação. O processo de vacinação foi implantado no ano de 1796, e ainda hoje nos deparamos com “vacinadores” aplicando erroneamente, quer por “despreparo”, quer por “boa” fé. Num passado não muito distante, várias pessoas saíram às ruas em protesto contra a vacinação obrigatória o que ficou conhecido como a “Revolta da Vacina”.Hoje vivemos a “Revolta da FALTA da Vacina”. A ineficiência do Governo Federal em adquirir as vacinas, a ineficiência de alguns governos estaduais em distribuir e operacionalizar as cargas vacinais e a completa incompetência de alguns gestores municipais, sobretudo na área da saúde, imputam à população, miséria, desemprego, mortes, tristeza e indignação pelo descaso com vidas humanas. Contudo, que prevaleça a fé no Criador pela ESPERANÇA de dias melhores e que a saúde pública, seja, verdadeiramente, levada a sério pelos nossos governantes. Que Deus tenha misericórdia da nossa Nação.
Paulo Henrique de Oliveira é mestrando em administração pública, pós-graduado em direito administrativo, com MBA em gestão pública, extensões em ciências políticas, direito eleitoral e ciências sociais, e graduações nas áreas de administração de empresas, gestão de negócios, ciências políticas, e direito. É o Executivo do Podemos no Estado do Paraná, ex-Secretário de Saúde de Paranaguá, e atual secretário de Saúde de Matinhos.
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