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O Brasil vive duros tempos recessão

O ativo advém do fato de controlarem no governo Temer ministérios que tocam programas sociais vitrines.

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O Brasil vive duros tempos recessão, e o governo Temer presenteia o "centrão" com cargos e máquinas de fazer votos. Mais do que tempo de tv, os partidos que compõem o Centrão têm como principal atrativo o fato de unidos serem uma “máquina de votos”. DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade fizeram a diferença nas últimas eleições, mas, desta vez, a decisão de agir em bloco tornou o grupo uma potência.

O ativo advém do fato de controlarem no governo Temer ministérios que tocam programas sociais vitrines. Prefeitos e vereadores beneficiados com verbas serão cobrados a retribuir com votos a eleger os candidatos do bloco. A EBC, empresa do governo que administra rádio, TV e uma agência online, tem na folha de pagamento de 83 empregados que recebem mais de R$ 20 mil por mês.

Entre os concursados, o maior vencimento é de R$ 35,8 mil de uma funcionária do setor de contabilidade. Por ser mais do que o salário de um ministro do Supremo (R$ 33,7 mil), sofre o abate-teto. Há cinegrafistas que receberam, em maio, R$ 25 mil (a iniciativa privada paga em média R$ 4 mil) e uma secretária, R$ 27,8 mil, mesmo salário de um juiz em início de carreira. A carga horária varia de seis a oito horas de trabalho por dia. Ou seja, a velha prática do balcão de negócios que levou o país a viver o lamaçal de corrupção instalado atualmente na República.

Vale lembrar que a tática do "unidos venceremos", levou a operação Lava Jato a unir partidos, não para consolidação eleitoral, mas na prisão. Enquanto isso, na contra mão das benesses, existem exemplos de que quem quer, faz a diferença. O pré-candidato à Presidência, Alvaro Dias (Podemos), apresentou durante o programa Jornal da Clube, maneiras de como acabar com benefícios em excesso concedidos a políticos no Brasil.

O presidenciável falou sobre medidas que ele próprio fez, durante sua trajetória de mais de 27 anos de vida pública. O ex-governador destacou um exemplo feito por ele mesmo, de como é possível manter a máquina pública abastecida se os privilégios diminuírem. “Eu sou ex-governador e tenho direito a uma aposentadoria no valor de R$ 33 mil por mês. Essa aposentadoria, somada em um período de 27 anos, totaliza R$ 10 milhões na minha conta bancária. Eu simplesmente renunciei esse direito e fui o único ex-governador do Paraná que abdiquei desse recebimento”.

O pré-candidato destacou os privilégios que negou na condição de senador da República, e mostrou que é possível atuar no exercício público sem receber regalias pagas pelo Estado, resultante de elevados impostos que o cidadão paga diariamente. “Eu renunciei o auxílio-moradia do Senado no valor de R$ 5,5 mil por mês e não moro em apartamento funcional. Recuso também os R$ 15 mil mensais de verba indenizatória, e pago todas as minhas despesas com meu próprio salário”. Ações como estas, mostram aos brasileiros que é possível acabar com os privilégios das autoridades.

Paulinho Oliveira é cientista político, administrador de empresas, bacharelando em Direito, empresário, e secretário municipal de Saúde e Prevenção da Prefeitura de Paranaguá.

O Brasil vive duros tempos recessão

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