Por Paulo Henrique de Oliveira
Com a contribuição da Advogada Lívia Moura
Na coluna dessa semana falaremos sobre o projeto de lei número 423/2022 que institui o “Dia da Memória do Holodomor”.
Holodomor é uma palavra ucraniana que significa: “deixar morrer de fome”. A palavra passa a ser usada nas décadas de 1931 a 1933, quando milhões de ucranianos forma mortos, por inanição, depois que o líder soviético (Stalin) confiscou os grãos de produção agrícola ucraniana.
Tal ato é considerado um ato genocida, um crime contra a humanidade, e é devido a tal natureza, que o projeto de lei pretende criar o dia da memória do holodomor.
Atualmente 15 países consideram o holodomor um genocídio, e o Brasil não está incluso na lista.
Afirma à BBC Oleksandra Monetova, do Museu Memorial Holodomor de Kiev: “”O governo fez todo o possível para impedir que os camponeses entrassem em outras regiões e buscassem pão”
Muitas pessoas criticam o ato de se fazer um projeto de lei com esse cunho. Mas, a importância de se reconhecer atos de lesa a humanidade como esse, como a ditadura vivida no Brasil e outros tantos países, é de suma importância. É preciso conhecer a história para que ela não se repita.
Vivemos hoje o cenário de conflito entre Rússia e Ucrânia.
A invasão Russa na Ucrânia já dizimou milhares de civis e está causando um dano enorme globalizado, tendo hoje milhares de refugiados na tentativa de salvarem suas vidas e de sua família.
Em uma guerra ninguém ganha.
Em pleno século 21, é inadmissível pensar em pegar em armas, quando temos a Organização das Nações Unidas, criada logo após a segunda guerra mundial, justamente para mediar conflitos entre nações.
Estamos na era da informação e do debate; na era de consagração das democracias (embora constantemente tentam derrubá-las).
Portanto, a memória e o respeito àqueles que tiveram suas vidas perdidas para a fome e para guerra, deve ser sim declarada um ato genocida, pois assim, através da educação, os jovens saibam das tristezas do mundo, e lutem para que isso nunca mais se repita.
Toda a solidariedade e respeito ao povo Ucraniano.
Brasil, 11 de março 2022, 654 mil mortes por COVID-19, e 13,9 milhões de desempregados, e epidemia da Influenza H3n2.
Paulo Henrique de Oliveira é mestrando em administração pública, pós-graduado em direito administrativo, com MBA em gestão pública, extensões em ciências políticas, direito eleitoral e ciências sociais, e graduações nas áreas de administração de empresas, gestão de negócios, ciências políticas, e direito. É o Executivo do Podemos no Estado do Paraná, Ex Secretário de Saúde de Paranaguá, e atual Secretário de Saúde de Matinhos.