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Fábio Campana

Fábio Campana

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o envio de trechos das delações de João Santana e Mônica Moura que tratam do…

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Sem foro, é Moro

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o envio de trechos das delações de João Santana e Mônica Moura que tratam do uso de caixa 2 nas campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e de Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, ao juiz federal Sérgio Moro.

Além da Justiça Federal no Paraná – que receberá metade –, os pedidos de investigação feitos pela Procuradoria-Geral da República serão enviados a outros quatro Estados e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Alguns casos ficarão no próprio Supremo. Sem contar os estrangeiros, 16 políticos brasileiros são citados em 21 petições – a 22.ª não teve o conteúdo divulgado.  

Outro caso que Fachin enviou a Curitiba envolve a campanha do atual deputado federal Patrus Ananias (PT-MG) à prefeitura de Belo Horizonte em 2012, apesar de ele ter cargo com prerrogativa de foro no Supremo. Como a campanha de Patrus também tem menções ao governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), Fachin autorizou o envio de informações ao STJ.

Foro privilegiado

Há, além de Patrus, cinco políticos com prerrogativa de foro no Supremo envolvidos em possíveis crimes, de acordo com a PGR. São os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Marta Suplicy (PMDB-SP) e os deputados Zeca do PT (SP) e Vander Loubet (PT-MS).

Loira investigada

Os indícios de pagamento ilícitos relacionados à campanha de 2008 de Gleisi à prefeitura de Curitiba, por já haver investigação semelhante, serão juntados ao inquérito específico que tramita no Supremo.

Gleisi se abraçou

Mulher e sócia do marqueteiro João Santana, Mônica Moura afirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que houve caixa 2 na campanha eleitoral de 2008 de Gleisi Hoffmann, quando ela disputou a Prefeitura de Curitiba, e que a hoje senadora pelo Paraná tinha pleno conhecimento disso.

Bernardo negociou

Mônica Moura cita mais de R$ 4 milhões não declarados à Justiça Eleitoral e aponta Paulo Bernardo, marido da senadora e ex-ministro das gestões petistas, como o responsável pelas negociações.

 

Não sabia nada

Ora, pois, no depoimento que Lula prestou, na condição de réu, ao juiz federal Sérgio Moro ele comprovou de viva voz que não é ignorante apenas a respeito das coisas da cultura e da ilustração. Pelo que declarou em juízo, Lula é um completo ignorante. Não sabe de nada. Desconhece absolutamente tudo.

Do depoimento depreende-se que o senhor Lula da Silva desconhecia tudo o que fazia sua falecida mulher Marisa Letícia. Segundo o ex-presidente, foi a ex-primeira-dama quem quis comprar o tríplex no Guarujá que, diz a acusação, foi adquirido e inteiramente reformado por um empreiteiro camarada para servir como propina ao ex-presidente. Na versão do senhor Lula da Silva, nem as visitas de Marisa Letícia ao apartamento nem a negociação para a reforma eram de seu conhecimento. Quando Moro pediu que ele explicasse melhor a relação da falecida mulher com o apartamento e com o empreiteiro camarada, o senhor Lula da Silva, depois de praticamente incriminá-la, disse que para ele era “muito difícil” ouvir o juiz Moro falar sobre Marisa Letícia “sem ela poder estar aqui para se defender”.

Delcídio complicado

Diante do conteúdo da delação de Mônica Moura e João Santana, a situação penal de Delcídio Amaral é considerada bem delicada pela PGR.

Sujeito oculto

Para marcar o primeiro ano de Michel Temer no Planalto, o governo produziu um comercial de 60 segundos para a TV. O filme mostra sua gestão como um caminho para colocar o País nos trilhos, destaca a luta pela aprovação das reformas e pede otimismo e confiança. O presidente, porém, não aparece na peça. Ele e outros políticos foram deixados de fora, medida para tempos de rejeição e panelaços. A publicidade é calçada na fala de um narrador e imagens de gente comum.

Ativa e operante

A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) fez um balanço, na tarde de quinta-feira, 11, sobre o esquema de segurança utilizado para o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba. De acordo com o secretário Wagner Mesquita, as polícias envolvidas estavam prontas para uma concentração de pessoas até dez vezes maior, mas que todo o efetivo e instrumentos utilizados foram “necessários” para se evitar qualquer tipo de problema.

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