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Vacina AstraZeneca é eficaz contra internamento hospitalar pela variante da Índia

Efetividade é de 92% e nenhuma morte foi registrada após duas doses

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Na quarta-feira, 16, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou estudo da Public Heatlh England (PHE), que mostrou que a aplicação de duas doses da vacina AstraZeneca/Oxford apresenta uma efetividade de 92% contra a hospitalização pela variante Delta (B.1.617.2) da Covid-19,  que foi identificada pela primeira vez na Índia. Além disso, o imunizante não registrou nenhuma morte devido ao Sars-CoV-2 no estudo junto aos pacientes vacinados.

“A variante, antes conhecida como indiana, tem se espalhado rapidamente pelo Reino Unido e já teve casos confirmados no Brasil. A vacina também demonstrou uma alta efetividade contra a variante Alpha (B.1.1.7), identificada pela primeira vez no Reino Unido, com redução de 86% nas internações e sem mortes relatadas”, informa a Fiocruz.

Segundo a assessoria, o estudo foi promovido pela agência de saúde do Governo Britânico e publicado no último dia 14, onde foi utilizada a vacina AstraZeneca, que no Brasil é produzida pela Fiocruz, bem como o imunizante da Pfizer. “A pesquisa analisou 14.019 casos da variante Delta que chegaram às emergências dos hospitais ingleses entre 12 de abril e 4 de junho deste ano. Destes, 166 foram hospitalizados. Foi comparado o risco de internação entre os não vacinados e os vacinados com primeira e segunda doses.  A efetividade média em relação à taxa de hospitalização para vacinados com a variante Delta foi similar à da variante Alpha, levando em conta os dois imunizantes: Alpha com 78% (uma dose) e 92% (duas doses); Delta com 75% e 94% (respectivamente)”, completa.

A Pfizer apresentou 94% de efetividade após a primeira dose e 96% após a segunda dose contra a internação pela variante Delta, enquanto a  AstraZeneca registrou 71% de efetividade após a primeira dose e 92% após a segunda. “Estas descobertas indicam níveis de proteção muito altos contra as hospitalizações pela variante Delta com uma ou duas doses de qualquer uma das duas vacinas”, informa o estudo da PHE.

Sobre a vacina AstraZeneca

A vacina Covid-19 AstraZeneca/Oxford, desenvolvida pela pela Universidade de Oxford, utiliza plataforma tecnológica de vírus não replicante (a partir do adenovírus de chimpanzé, obtém-se um adenovírus geneticamente modificado, inofensivo ao ser humano, por meio da inserção do gene que codifica a proteína S do vírus Sars-CoV-2).  “A vacina recebeu autorização condicional de comercialização ou uso de emergência em mais de 80 países em seis continentes. Mais de 500 milhões de doses foram fornecidas a 165 países em todo o mundo, incluindo mais de 100 países através do Covax Facility”, informa a assessoria. 

“A variante Delta tem contribuído para a atual onda de infecção na Índia. Recentemente, ela substituiu a Alpha como cepa dominante na Escócia e é responsável por um significativo aumento de casos no Reino Unido. O Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização (Sage) da Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a aplicação da AstraZeneca mesmo em países onde haja a circulação de variantes”, finaliza a Fiocruz.

Com informações da Fiocruz

Foto: Ari Dias/AEN

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