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Trabalho

Jovem Aprendiz: programa é porta para o mercado de trabalho

Estudante relatou a experiência, os aprendizados e seus sonhos para o futuro

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Muitos profissionais que hoje atuam no mercado de trabalho já passaram pelo Programa Jovem Aprendiz, encontrando uma porta para seu aprendizado e crescimento profissional.  É desta forma também que empresas descobrem novos talentos, com a possibilidade de capacitá-los e ampliar a mão-de-obra qualificada. Ou seja, o programa se torna benéfico para ambos os lados, tanto para os estudantes que obtêm uma renda, quanto para as empresas que oportunizam as vagas.

O coordenador do Escritório Regional do CIEE (Centro de Integração Empresa Escola do Paraná), em Paranaguá, Manuel Fabricio dos Santos Neto, disse que o processo de capacitação profissional auxilia as empresas no cumprimento das cotas obrigatórias de contratação de aprendizes, proporcionalmente ao número de empregados efetivos.

“De acordo com a legislação, as empresas devem contratar aprendizes na proporção mínima de 5% e máxima de 15% sobre o número de trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandam formação profissional”, explicou.

Para execução adequada do programa e melhor aproveitamento dos aprendizes durante o período máximo de dois anos de contrato, o CIEE/PR dispõe de instrutores, psicólogos, pedagogos, assistentes sociais e setores administrativos que dão todo suporte às necessidades das partes envolvidas no processo.

Segundo Manuel, as empresas parceiras que contratam aprendizes só têm a ganhar com a gestão de novos talentos e formação de um quadro funcional qualificado. “Além de potencializar seu conceito de responsabilidade social. Como organização beneficente, tendo por objeto a assistência ao estudante e à educação profissional, o CIEE/PR atua na condição de entidade certificadora dos cursos para formação e capacitação de aprendizes, com prioridade para aqueles em situação de vulnerabilidade econômica e risco social”, elucidou Manuel.

Quem pode ser Aprendiz?

O programa se torna benéfico para ambos os lados, tanto para os estudantes que obtém uma renda, quanto para as empresas que descobrem novos talentos
Foto: Ilustrativa/Pixabay

Podem ser aprendizes os estudantes da rede pública e particular, matriculados e frequentes nas séries finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio, Superior ou que já tenham concluído o Ensino Médio, com idade entre 14 e 24 anos, prioritariamente em situação de vulnerabilidade social. A idade máxima prevista não se aplica a aprendizes com deficiência.

“Todos os cursos ofertados pelo Programa de Aprendizagem são realizados de forma simultânea com a aprendizagem prática na empresa. As disciplinas específicas dos cursos são divididas em módulos relacionados com diversos temas”, afirmou Manuel.

Para concorrer às vagas os interessados devem realizar o cadastro no site do CIEE. Em Paranaguá, 200 aprendizes realizam semanalmente aprendizagem teórica na própria sede da instituição e a aprendizagem prática em mais de 80 empresas da região. 

“No último ano, enviamos mais de 700 jovens para concorrer às vagas de aprendizagem profissional. Todos eles passaram por entrevistas, tendo a oportunidade de conhecer o ambiente empresarial e pleitear uma colocação. De 2022 para cá, mais de 70 jovens foram efetivados nas empresas antes do término do contrato, o que significa que o programa de aprendizagem tem sido uma porta para captação de talentos para as empresas”, enfatizou Manuel.

Também há parceria com a Secretaria de Assistência Social de Paranaguá, por meio do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e CAICAVV (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), assim como com o Conselho Tutelar. 

Experiência e aprendizagem

Amanda Victória Fanini dos Santos, de 17 anos, atua como Jovem Aprendiz desde abril deste ano, em Paranaguá. Em poucos meses, já percebeu os benefícios do programa.

“O meu contratante é o Consórcio Construtor Sambaqui de Matinhos, mas eu trabalho na unidade do Ciee em Paranaguá, comecei no dia 17 de abril de 2023. Eu mandei o meu currículo diversas vezes (pessoalmente e por e-mail), cerca de três meses depois me chamaram, eu fiz a entrevista e na outra semana eu iniciei”, disse Amanda.

Ela afirmou que sempre teve o incentivo dos pais para ingressar no mercado de trabalho. “Eu queria ocupar o meu tempo com algo, pois eu detesto ficar parada. Ao mesmo tempo, eu queria poder ter mais independência. Acabei descobrindo o CIEE devido às pessoas comentarem, o que me interessou muito”, contou Amanda.

Segundo ela, o diferencial do programa é que junto com a experiência, vem também a aprendizagem. “A experiência tem sido maravilhosa. Aprendi a lidar com a área da informática, o Excel é um exemplo, e também aprendi a lidar melhor com as pessoas, devido aos atendimentos. Mas creio que eu tenho muito a melhorar ainda”, comentou Amanda.

A jovem aprendiz ainda não tem certeza sobre qual carreira seguir, mas sabe que está no caminho certo. “Ainda não tenho tanta certeza no que eu quero. Ao mesmo tempo que eu gosto de trabalhar na área administrativa, o meu sonho é fazer faculdade no Canadá sobre música e me dedicar nesse ramo. Ultimamente, eu estou pendendo para os dois lados, trabalhar como assistente administrativo ou no ramo da música”, finalizou Amanda sobre seus sonhos profissionais.

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