Na edição desta quarta-feira, 6, da Folha do Litoral News, publicamos uma matéria que é também uma forma de alerta, demonstrando que o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta que Paranaguá confirmou 32 novos casos de dengue e duas mortes em decorrência da doença na última semana. Em todo o litoral, foram 78 novos infectados neste período. Ou seja, a dengue, infelizmente parece ser esquecida por diversas pessoas.
O esquecimento aos malefícios desta doença está comprovado com o desdém às medidas preventivas contra a dengue, que estão relacionadas à eliminação contínua de criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da enfermidade. As estatísticas alarmantes da dengue possuem causas, entre elas principalmente atitudes nossas, como cidadãos, ao deixarmos água parada em pontos de proliferação do mosquito dentro das nossas residências, visto que áreas particulares são os locais preferidos para criadouros, bem como quando não limpamos nossos terrenos e destinamos resíduos incorretamente.
É claro que o Poder Público deve sempre fazer um trabalho de prevenção e enfrentamento à dengue. Isso ocorre continuamente com agentes da área da saúde indo aos bairros de Paranaguá, por exemplo, bem como com campanhas de conscientização e ação do fumacê há poucos meses atrás em ruas de todo o município. Mesmo com tudo isso, há pessoas que decidem desprezar a saúde coletiva e individual, colaborando com o mosquito e prejudicando a sociedade.
O desdém aos cuidados para evitar com que a dengue fique descontrolada em Paranaguá e no litoral possuem relação com a irresponsabilidade coletiva. Esta irresponsabilidade ocorre não somente com esta doença, como também com a Covid-19. Mesmo com tantas vidas perdidas e orientações quanto à prevenção contra a Covid-19 incessantemente pessoas andam na rua sem máscara e realizam aglomerações. Pelo ego e pelo prazer individual, as pessoas seguem ignorando a saúde coletiva. Uma mudança de atitude não é somente necessária, como também uma questão de vida ou morte.