Doação de órgãos e a valorização da vida

Entre as várias campanhas de conscientização realizadas ao longo do ano, o mês de setembro é dedicado a prevenção ao suicídio, ao respeito a comunidade surda e também ao incentivo a doação de órgãos. O Estado do Paraná é modelo no que se refere a doação de órgãos, o que mostra a solidariedade dos paranaenses. Além dos esforços que são realizados pelas equipes de saúde para realizar os transplantes, que exigem agilidade e um trabalho em conjunto em prol da vida.

O Estado tem 33 doações por milhão de população, um número bastante considerável perante outras regiões do País. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), de cada oito potenciais doadores, apenas um é notificado. Enquanto em países como Espanha, referência mundial quando o assunto é transplante, são registrados perto de 40 por milhão, no Brasil essa taxa ainda não alcançou 20 doadores para cada milhão de população.

Esses números poderiam ser maiores se houvesse menos negação por parte das famílias. No Brasil, para ser doador, não é preciso deixar nada por escrito, basta avisar os familiares, pois somente eles podem realizar a autorização.

Uma pessoa pode salvar até dez vidas, dando a oportunidade para cidadãos que passam por problemas de saúde terem uma vida mais longa ao lado de suas famílias. Há vários casos de pessoas transplantadas que hoje são exemplos de força e perseverança e podem desfrutar de uma vida confortável, graças ao gesto humanitário de outra pessoa ou família.

Por isso, o mês de conscientização torna-se tão relevante. São nesses momentos, em que se amplia o debate e leva informação acerca do assunto para a população, que mais pessoas se lembram de se declarar doadoras. Que neste mês de setembro, mais pessoas possam estar cientes das bandeiras que são levantadas para que a sociedade avance nos aspectos da saúde e respeito ao próximo. Se você não tem dúvidas sobre a intenção de doar seus órgãos, esse é o momento de comunicar sua família.