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Editorial

A busca pela redução dos casos de violência doméstica

O Ministério Público do Paraná (MPPR) ressalta que várias comarcas têm buscado criar um programa de recuperação de homens, com sucesso nas experiências empreendidas

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Com o aumento dos casos de violência doméstica em todo o País notado nos últimos anos, o Poder Judiciário e os demais órgãos que lidam com o atendimento às vítimas e com ações de prevenção, se deparam com o mesmo desafio. A diminuição dos casos que envolvem esse tipo de violência é uma dificuldade encontrada por toda a sociedade. No entanto, uma das medidas apontadas como forma de redução de tais crimes é a reeducação dos agressores.

O Brasil chegou a ficar em 5.º lugar no ranking mundial das nações onde mais ocorrem feminicídios. Por isso, algo precisa mudar. E essa mudança pode acontecer quando o foco para a resolução dos problemas sai das mulheres vítimas, que são diversas vezes julgadas e culpabilizadas, e vai para os homens agressores.

Trabalhar com a reeducação dos agressores se torna uma medida eficaz tendo em vista que em muitos dos casos é registrada a reincidência da violência. Ou seja, mesmo noticiado e tomadas as devidas atitudes previstas na legislação, os crimes voltam a acontecer. 

Nesse sentido, o Ministério Público do Paraná (MPPR) ressalta que várias comarcas têm buscado criar um programa de recuperação de homens, com sucesso nas experiências empreendidas. Os temas tratados geralmente são baseados nos princípios da justiça restaurativa. Os agressores são convidados a enxergar o padrão de violência internalizado, o machismo e como a sociedade trata a mulher, para romper esse padrão.

A boa notícia é que um projeto com esse intuito tem sido realizado em Pontal do Paraná há sete meses com 38 atendimentos realizados. Foram realizadas palestras, círculos de reflexão e consultas com psicólogos, assistentes sociais e advogados.

O caminho para a redução dos casos de violência doméstica já foi apontado, agora espera-se que mais comarcas possam aplicar o projeto para mudar a realidade e para que as famílias possam construir relações baseadas na cultura da paz.

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