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Coronavírus

“Vacinar crianças é estratégico para aumentar cobertura vacinal no Brasil”, afirma Fiocruz

Entidade científica enfatiza boa adesão da população brasileira à imunização

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Foto: Getty Images

Na segunda-feira, 21, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou novo estudo onde apontou que a vacinação das crianças contra a Covid-19 no Brasil é essencial para o aumento da cobertura vacinal contra a pandemia de toda a população brasileira. Segundo a entidade científica, a pesquisa foi submetida à Revista Brasileira de Epidemiologia, onde se analisou o avanço da vacinação em todo o País, ressalta a boa cobertura vacinal atrelada ao Programa Nacional de Imunizações do Governo Federal, que existe há mais de 40 anos no Brasil, apontando também uma tendência próxima à estagnação na imunização. 

“Atualmente, cerca de 85% dos brasileiros podem se vacinar, se consideradas todas as pessoas acima de 11 anos. No entanto, os pesquisadores observaram que, desde setembro, o ritmo de vacinação da primeira dose no Brasil vem desacelerando. E nos dois meses seguintes ao dia 9 de outubro esse ritmo caiu ainda mais a cada Semana Epidemiológica (SE), chegando perto do zero – cerca de 0,08% por dia. Para os pesquisadores, isso poderia sugerir que a vacinação já está próxima do seu limite, com 74,95% da população imunizada com a primeira dose”, explica a Fiocruz.

De acordo com a fundação, para superar a curva de estagnação, uma das formas possíveis é ampliar as faixas etárias para imunização, ou seja, vacinar crianças, criando também “novas estratégias para aumentar a aplicação da primeira dose em pessoas que vivem em locais remotos”, acrescenta. “Para os pesquisadores, a estagnação tem maior relação com dificuldade de acesso do que com recusa em receber a vacina”, salienta a assessoria, frisando que a análise possui base na cobertura vacinal por Estado, com dados da última semana de novembro.

“A grande maioria dos estados segue esta tendência, variando apenas a velocidade de aumento da cobertura, que foi sistematicamente maior nos estados das regiões Sul e Sudeste”, explica o pesquisador do Observatório Covid-19 da Fiocruz e um dos autores, Raphael Guimarães. “Nas unidades da Federação em que a cobertura de primeira dose é mais alta, a diferença para a cobertura de segunda dose é menor, sugerindo que a perda de população entre doses tem sido pequena”, esclarece.

Com informações da Fiocruz

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