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Coronavírus

Sesa alerta: ocupação de leitos está “além da capacidade máxima”

Com alta na demanda por vagas, Hospital Regional precisou criar seis novos leitos na Ala Covid-19 nos últimos dias, segundo boletins da Sesa (Foto ilustrativa: Geraldo Bubniak/AEN)

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Sesa alerta: ocupação de leitos está "além da capacidade máxima"

 25% dos pacientes internados não resistem às complicações 

A situação do atendimento a pacientes com Covid-19 no Hospital Regional do Litoral (HRL) e na rede pública de saúde do Paraná está além da capacidade máxima. A informação é da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que na quarta-feira, 3, alertou que a média de pacientes na fila para tratamento do Coronavírus, que em janeiro era de 40 a 45 pessoas, chegou a 730 paranaenses aguardando leitos em hospitais do Paraná. 

Segundo os dados da Sesa atualizados até terça-feira, 2, por meio da Diretoria de Gestão em Saúde, o aumento de demanda fez com que o HRL aumentasse de 25 para 30 os leitos de UTI na Ala Covid-19 e de 25 para 26 os leitos de Enfermaria, algo que ocorreu entre o fim de fevereiro e início de março, momento em que a pandemia se descontrolou no Paraná. Ao todo, mais seis leitos foram abertos na terça-feira, 2.

Com a ampliação já feita, dos 30 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Ala Covid-19 do Hospital Regional do Litoral, 25 estão ocupados, algo que representa uma ocupação de 83% na área destinada para tratamento de pacientes graves. Na ala que atende pacientes moderados que é a Enfermaria, dos 26 leitos, seis estão livres, com o setor registrando 77% de ocupação. Não há nenhuma criança internada no setor pediátrico de atendimento à pandemia do Coronavírus no HRL.

Com relação à ocupação dos demais leitos SUS da rede hospitalar do litoral no setor de enfermaria, há duas pessoas internadas no Hospital Municipal de Guaratuba e uma em outros leitos do sistema público de saúde de Paranaguá.

Paraná com 92% dos leitos adultos de UTI ocupados

Mesmo com a criação de centenas de leitos pelo Governo Federal e Estado nas últimas semanas, chegando ao total de 336, entre eles 134 UTIs e 202 enfermarias para atendimento à Covid-19, a situação de atendimento à pandemia segue preocupante. “Houve um incremento de 630 leitos somente neste ano, quase metade deles ativada na última semana pelo Governo do Estado. Além dos novos leitos – 251 de UTI e 379 de enfermaria, outros 155 estão previstos para entrarem em operação nas próximas semanas, sendo 67 de UTI”, informa a Sesa.

Com relação à ocupação de leitos exclusivos no SUS para atendimento à doença, a taxa de ocupação total é de 80%, sendo que dos 3.492 leitos, 2.803 estão ocupados e 689, livres. Nas UTIs para atendimento de adultos, que atendem pessoas em situação mais grave, a taxa de lotação é de 92% (de 1.389 leitos existentes 1.275 estão ocupados), enquanto nas enfermarias também para adultos, a taxa de ocupação em todo o Estado é de 74% (1.508 leitos ocupados de 2.047 existentes). 

A Covid-19 atinge também crianças paranaenses. Na unidade de tratamento intensivo de atendimento pediátrico em todo o Paraná para a pandemia, ou seja, de crianças, há sete pacientes internados, com 15 leitos livres (taxa de ocupação de 32%). Na enfermagem em hospitais de todo o Estado, dos 34 leitos pediátricos existentes, 13 estão ocupados e 21 livres (38% de ocupação).

Sesa explica momento crítico

Questionada sobre a possibilidade de filas para leitos no Hospital Regional do Litoral (HRL) e na 1.ª Regional de Saúde (1.ª RS), a assessoria da Sesa informou que há uma Central de Regulação de Leitos e uma ampla rede hospitalar, onde são concentrados os pedidos de transferências de pacientes entre os serviços de saúde. “Este remanejamento de pacientes é comum e pode ocorrer dentro das macrorregiões ou entre as macros, de acordo com a disponibilidade de leitos e visando a um melhor e pronto atendimento ao paciente. O Paraná não tem medido esforços para ampliar o maior número possível de leitos, evitando que qualquer paciente fique desassistido”, explica.

“Na última semana, o Estado registrou os maiores números de ocupações de leitos, bem como de filas de espera por um leito. Em janeiro, a média de pacientes diariamente nesta fila, seja por enfermaria ou leito de UTI era de 40/45 pessoas, semana passada este número passou de 500 pacientes, chegando a 730 pessoas aguardando na fila na quarta-feira, 3”, alerta a Sesa, demonstrando uma demanda que também atinge o litoral. “Evidentemente todos os leitos estão além da capacidade máxima ofertada pelo Estado, mas os esforços estão sendo mantidos”, completa.

“Sabe-se que embora receba todo o atendimento hospitalar necessário, estatisticamente 25% dos pacientes que internam não resistem às complicações causadas pela Covid-19, portanto a Sesa reforça que as medidas de prevenção devem ser mantidas, mesmo com leitos disponíveis”, finaliza a Secretaria de Saúde.

Com informações da Sesa

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