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Coronavírus

Fiocruz destaca controle da pandemia com vacinação, mas pede cautela no verão

População deve seguir com uso de máscara e higienização

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Na última semana, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nova edição do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, onde apontou a estabilização em diversos indicadores de transmissão da Covid-19, com controle da pandemia, entretanto ressaltou que a proximidade com o fim de ano e do verão, período de festividades, requer da população cautela. De acordo com os pesquisadores, os brasileiros devem prosseguir com o uso de máscara, adoção de protocolos de distanciamento, bem como higienização constante das mãos. Outro ponto positivo destacado foi o avanço na vacinação contra a Covid-19 no Brasil, algo que inclui atualmente a maximização da aplicação da dose de reforço (DR) em pessoas com idade acima de 60 anos. 

“De acordo com os pesquisadores do Observatório, esses números mostram os bons resultados que o Brasil vem obtendo com a campanha de vacinação, que tem como um dos seus principais objetivos a redução do impacto da doença. Eles salientam ainda que a dose de reforço, que vem sendo aplicada na população maior de 60 anos, também mostra impactos positivos, com a redução das internações e óbitos entre idosos. Apesar, contudo, do cenário favorável, o Boletim insiste na recomendação de que a população deve manter os protocolos de distanciamento físico, higienização das mãos e uso de máscaras, nesse último caso sobretudo em locais fechados”, afirma a Fiocruz.

Segundo a fundação, na Semana Epidemiológica (SE) 47 (21 a 27 de novembro) foi verificada uma tendência de estabilização nos indicadores de transmissão do Coronavírus. “Foram notificados, ao longo da SE 47, uma média diária de 9,2 mil casos confirmados e 230 óbitos por Covid-19. Esses valores representam um pequeno aumento do número de casos registrados (1,6% ao dia) e de óbitos (2,4% ao dia) em relação à semana anterior (14 a 20 de novembro)”, complementa.

“As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) obtidas em 29 de novembro mostram tendências de queda ou relativa estabilidade do indicador, com exceção de três unidades da Federação: Rondônia, Pará e Distrito Federal”, informa a fundação, colocando o Paraná entre os estados com redução da ocupação de leitos Covid-19.

Fim de ano

Para a Fiocruz, a proximidade do verão e do fim de ano, período onde ocorrem mais festas populares, deve ocorrer sem indiferença às precauções contra o Coronavírus que estão sendo adotadas em diversos países. “Os alertas são indicativos para que o Brasil acelere e amplie as campanhas de vacinação e cobertura vacinal, para que se atinja pelo menos pelo menos 80% da população geral com o esquema completo. Por fim, são necessárias muita cautela e precaução na adoção de medidas de flexibilização, bem como de exigência de dados atualizados, oportunos e transparentes para o monitoramento de qualquer sinal de mudança”, explica a fundação.

Vacinação e importância do SUS

A Fiocruz analisou no boletim a disparidade na aplicação de vacinas contra a Covid-19 no mundo. Mesmo na União Europeia, onde há países com largas parcelas de suas populações com alta cobertura vacinal completa, existem grandes disparidades. Se, na Alemanha, a cobertura vacinal completa alcança 67,9% da população, na Romênia e na Bulgária esse número despenca para, respectivamente, 38,8% e 25,6%. No continente africano esses indicadores são muito piores e a cobertura vacinal completa média é de 7,3%, sendo que em alguns países a campanha de vacinação ainda nem começou”, explica.

Para os pesquisadores da Fiocruz  “as iniquidades na distribuição e acesso às vacinas no nível global, combinadas com o limite das campanhas de vacinação em países com disponibilidade e acesso às vacinas, vêm contribuindo para o surgimento de variantes de preocupação. (…) Mais recentemente, foi identificada a Ômicron, já presente em vários países e identificada por pesquisadores da África do Sul”, complementa o estudo. Segundo o estudo, há a necessidade de haver vacinas para todos os Países, reforçando que no Brasil este princípio da equidade é um pilar do SUS.

De acordo com a fundação, o SUS está mostrando “neste processo, o quanto seus princípios são diferenciais para superar os desafios de planejar a saúde pública em um país tão desigual. Portanto, além de manter o aumento da cobertura da vacinação completa, deve-se insistir na busca por pessoas que ainda não tomaram as primeiras doses, seja por resistência ou por dificuldade de acesso”, finaliza. 

Com informações da Fiocruz

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