Informação foi trazida pelo Instituto Butantan na quarta-feira, 7
Na quarta-feira, 7, o Instituto Butantan, que produz a vacina CoronaVac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, divulgou que o imunizante em questão é eficaz contra as variantes brasileiras da Covid-19. Segundo o comunicado, a vacina provou ser eficaz contra a mutação D614G do vírus SARS-CoV-2, que predomina atualmente no mundo e é comum às linhagens B.1.1.28 (da qual derivam as variantes P.1, amazônica, e P.2, surgida no Rio de Janeiro) e B.1.1.33 (da qual deriva a variante N9, descoberta no Brasil recentemente).
De acordo com o Butantan, as informações foram repassadas pela Sinovac no sábado, 3, junto a resultados clínicos consolidados de quatro estudos na aplicação do imunizante, algo que foi realizado no Brasil, China e Turquia desde 2020. “As pesquisas demonstraram que, após a vacinação, a taxa de soroconversão (surgimento de anticorpo específico no sangue de um indivíduo) dos anticorpos neutralizantes contra 12 cepas do SARS-CoV-2 (incluindo a mutação D614G) variou de 80% a 100%. Foram avaliados 80 voluntários e as cepas CZ02, WZL, WGF, ZJY, SSH, JWL, ZYF, HAC, HJL, ZXZ, QHF e NOOR”, explica a assessoria.
“Em março, o Butantan já havia divulgado dados iniciais de um estudo realizado em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, envolvendo 35 pessoas, e que apontava que a CoronaVac era eficaz contra as variantes P.1 e P.2 do novo coronavírus”, afirma o instituto.
Segundo o Butantan, a CoronaVac é composta de vírus inativado, possuindo todas as partes do vírus, algo que é feito também com outros imunizantes no mundo. “Isso pode gerar uma resposta imune mais abrangente em relação ao que ocorre com vacinas que utilizam somente uma parte da proteína Spike (utilizada pelo Coronavírus para infectar as células). Como a CoronaVac possui uma proteína Spike completa, pode levar a uma proteção mais efetiva contra as variantes que apresentam mutação nesse elemento”, complementa.
Outro ponto do comunicado da Sinovac é com relação à segurança da vacina, considerando estudos clínicos feitos nos três países com 14 mil pessoas com idade acima de 18 anos.
Com informações do Instituto Butantan
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