conecte-se conosco

Ciência e Saúde

Obesidade e câncer: condição é um fator de risco para a doença

Cerca de 80 a 90% dos casos estão associados a causas externas como hábitos de vida e alimentação

Publicado

em

Foto: Ilustrativa/Banco de Imagens

Cerca de 80% a 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas, o que significa que, na maioria das vezes, a doença se desenvolve por fatores provocados pelo próprio ser humano ao longo da vida, como os hábitos de vida e a alimentação.

Estudos indicam que a alimentação rica em açúcares, gorduras e industrializados, juntamente ao sedentarismo, levam ao sobrepeso, que é um dos fatores de risco para vários tipos de câncer. 

De acordo com o Instituto Peito Aberto, que acolhe mulheres com câncer de mama em Paranaguá, existem vários motivos pelo qual a obesidade é um fator que pode aumentar o risco de câncer. O primeiro é que a obesidade e o excesso de gordura corporal provocam um estado de inflamação crônica e podem levar a alterações hormonais que promovem o crescimento de células cancerígenas.

Em mulheres, por exemplo, a obesidade está associada a níveis mais altos de estrogênio, que podem estimular o crescimento de células cancerígenas na mama e no útero. Estudos já apontam que o sobrepeso está associado a um risco aumentado de câncer de mama em mulheres após a menopausa, justamente pelas alterações hormonais no organismo durante essa fase.

Já em homens, a obesidade pode levar a níveis mais baixos de testosterona e níveis mais altos de estrogênio, aumentando o risco de câncer de próstata.

Outro motivo é que a obesidade, na maioria dos casos, ocorre devido a uma alimentação desbalanceada e a inatividade física. Justamente o oposto do que recomendam as autoridades de saúde, tendo em vista que uma saudável e a atividade física protegem o organismo contra o câncer.

Quais os tipos de câncer relacionados à obesidade?

A Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) por meio de estudos científicos, aponta que o excesso de gordura corporal representa risco para o desenvolvimento de pelo menos 13 tipos de câncer, como esôfago, estômago, pâncreas, vesícula biliar, fígado, intestino (cólon e reto), rins, mama, ovário, endométrio, meningioma, tireoide e mieloma múltiplo.

Além disso, estar acima do peso pode aumentar o risco do surgimento de outros tipos de câncer, como Linfoma não-Hodgkin, cânceres de boca e orofaringe, câncer de próstata e câncer de mama em homens.

É importante lembrar que a obesidade é um fator de risco, mas não é uma causa direta do câncer. Ainda assim, o controle do peso pode ajudar a reduzir o risco de câncer e melhorar a saúde geral.

Como prevenir a obesidade?

Para prevenir a obesidade, é fundamental adotar uma série de hábitos de vida mais saudáveis. O mesmo vale para quem já está acima do peso, mas quer buscar um peso corporal saudável.

O Instituto Peito Aberto deu algumas dicas para combater a obesidade:

– Mantenha uma dieta balanceada: isso inclui o consumo de frutas, legumes, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis diariamente. Além disso, é preciso evitar alimentos processados e ricos em açúcar e gordura saturada;

– Faça exercícios regularmente: tente se exercitar pelo menos 30 minutos por dia, cinco dias por semana. Busque atividades que você gosta, como caminhada, corrida, natação, ciclismo, etc;

– Tenha um sono regulado: é necessário dormir pelo menos 7 ou 8 horas por noite para a recuperação do corpo e para a produção adequada dos hormônios responsáveis pelo controle do apetite;

– Beba bastante água: manter-se hidratado pode ajudar a controlar o apetite, reduzir os níveis de gordura e glicose no corpo e manter o metabolismo funcionando adequadamente;

– Evite o consumo de álcool: o consumo excessivo de álcool facilita o ganho de peso e dificulta a desinflamação do organismo, o que consequentemente aumenta o risco de doenças como diabetes, hipertensão e câncer; 

– Evite fumar: o tabagismo também pode aumentar o risco de obesidade, além de aumentar o risco de doenças crônicas, como câncer e doenças cardíacas.

Com informações de Oncoguia, INCA e Ministério da Saúde

Em alta

plugins premium WordPress