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Ciência e Saúde

Município faz alerta sobre primeiro caso confirmado de Monkeypox em Paranaguá

Sintomas da doença duram de 2 a 4 semanas

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Na manhã da quarta-feira, 18, a Prefeitura de Paranaguá, através da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), emitiu o Alerta n.º 1, destacando que o município confirmou o primeiro caso de Monkeypox. De acordo com as informações epidemiológicas, o paciente infectado contraiu o vírus em viagem recente. Além disso, segundo a prefeitura, há mais dois casos em investigação em moradores da cidade que podem confirmar ou não o diagnóstico da doença. 

“O município de Paranaguá – Paraná na data de quarta-feira (17/08/2022), confirma o primeiro caso de Monkeypox, com histórico de viagem, diagnosticado na rede privada. O município possui até o momento mais dois casos suspeitos/em investigação e um caso descartado”, detalha o informe da Prefeitura.

O que é a doença e como ela é transmitida

“A Monkeypox é uma doença zoonótica viral causada pelo vírus Monkeypox do gênero Orthopoxvi- rus e família Poxviridae, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado ou com material corporal humano contendo o vírus ou ainda de huma- nos para animais. Geralmente é uma doença autolimitada, com os sintomas que duram de 2 a 4 semanas”, explica a Semsa. De acordo com o informe, o período de incubação dura, geralmente, de seis a 13 dias, mas também pode variar entre cinco a 21 dias. 

Ainda de acordo com o alerta, a transmissão ocorre entre humanos, principalmente através de contato pessoal com lesões de pele, secreções respiratórias e objetos que foram contaminados recentemente. “A transmissão por gotículas respiratórias geralmente requer contato pessoal prolongado. A pessoa infectada só deixa de transmitir o vírus quando as crostas desaparecem da pele. Há estudos limitados sobre as hipóteses de transmissão vertical, durante o parto, no pós-parto e amamentação também devem ser consideradas. A transmissão vertical transplacentária (varicela congênita) pode ocorrer, ou durante o parto e no pós-parto por contato próximo”, detalha a Prefeitura.

O município afirma também que, mesmo que o contato físico seja um fator de risco bastante evidente da transmissibilidade da  doença “não   está   claro   neste    momento    se    a Monkeypox pode ser transmitida especificamente por meio de vias de transmissão sexual”, informa. “A varíola Ortopoxvírus relacionada está associada a um risco aumentado de morbimortalidade materna e perinatal, incluindo morte fetal, parto prematuro e aborto espontâneo. Atualmente não há evidências sobre o risco de transmissão viral para o bebê durante a amamentação, pelo leite materno”, acrescenta.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) desaconselha a amamentação se uma mulher estiver infectada com Monkeypox para minimizar o risco de infecção neonatal. Para apoiar a amamentação a longo prazo, as lactantes devem ser encorajadas e apoiadas a extrair e descartar o leite até que seu período de isolamento tenha passado. O parto vaginal com lesões por Monkeypox apresenta risco de exposição adicional significativo”, informa o alerta da Secretaria de Saúde.

Como saber se sou caso suspeito

A Prefeitura de Paranaguá afirma que se enquadra como caso suspeito da enfermidade “indivíduos de qualquer idade que apresentem início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital/perianal, oral) e/ou proctite (por exemplo, dor anorretal, sangra- mento), e/ou edema peniano, podendo estar associada a outros sinais e sintomas”, informa.

São definidos também como sintomas suspeitos lesões profundas e bem circunscritas, “muitas vezes com umbilicação central; e progressão da lesão através de estágios sequenciais específicos – máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas”, detalha.

Casos prováveis da Monkeypox

Segundo o alerta, são definidos como casos prováveis aqueles que atendem “a definição de caso suspeito, que apresentam “exposição próxima e prolongada, sem proteção respiratória ou contato físico direto, incluindo contato sexual, com parcerias múltiplas e/ou desconhecidas nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas; assim como exposição próxima e prolongada, sem proteção respiratória, ou história de contato íntimo, incluindo sexual, com caso provável ou confirmado de Monkeypox nos 12 dias anteriores ao início dos sintomas”, afirma o documento da pasta municipal de saúde. 

Além disso, podem se enquadrar em casos prováveis da doença cidadãos que tenham contato com materiais contaminados, entre eles roupas de banho ou cama, bem como utensílios de uso comum, que sejam pertencentes também a alguém com quadro provável ou confirmado da Monkeypox nos 21 dias anteriores ao começo dos sintomas. Também se incluem “trabalhadores de saúde sem uso adequado de equipamentos de proteção individual (EPI) com história de contato com caso provável ou contato confirmado de Monkeypox no 21 dias anteriores ao início dos sintomas”, informa.

De acordo com o município, os casos prováveis deverão contar “com investigação laboratorial de Monkeypox não realizada ou inconclusiva e cujo diagnóstico de Monkeypox não pode ser descartado apenas pela confirmação clínico-laboratorial de outro diagnóstico”, acrescenta.

Casos confirmados e descartados

Segundo a Prefeitura de Paranaguá, são pacientes considerados casos suspeitos da doença aqueles com  “caso suspeito com resultado laboratorial Positivo/Detectável para Monkeypox vírus (MPXV) por diagnóstico molecular (PCR em Tempo Real e/ou Sequenciamento)”, informa. Casos descartados são aqueles que anteriormente foram suspeitos, entretanto obtiveram resultado laboratorial “Negativo/Não Detectável” para Monkeypox, algo obtido por diagnóstico molecular, seja ela PCR em tempo real e/ou por sequenciamento.

Confira o alerta na íntegra:

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