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Ciência e Saúde

Casos de SRAG estão com menores registros semanais desde início da pandemia, aponta Fiocruz

Paraná acompanha controle de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave observada no Brasil

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Foto: Peter Ilicciev/Fiocruz

Na última sexta-feira, 30, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou a edição atualizada do novo Boletim InfoGripe Fiocruz, que demonstrou que, pelo segundo mês seguido, o Brasil conta com os menores registros semanais de Síndrome Respiratória Grave (SRAG) desde que a pandemia da Covid-19 chegou ao País. O Paraná segue esta tendência de controle de casos de SRAG, algo que também demonstra uma redução dos registros de Covid-19 entre adultos, de acordo com o boletim nacional.

“O estudo aponta para queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e estabilidade na de curto prazo (últimas três semanas). Referente à Semana Epidemiológica (SE) 38, período de 19 a 24 de setembro, o Boletim tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 26 de setembro”, informa a Fiocruz.

A Fiocruz afirma que há manutenção na redução de casos de Covid-19 no País, entretanto alertou para a incidência de Influenza A, que registrou crescimento em alguns locais como São Paulo e Distrito Federal. “Essa tendência serve de alerta devido à importância de ambos no fluxo interestadual de passageiros, especialmente para os grandes centros urbanos através da malha aérea nacional”, afirma o pesquisador da Fiocruz, Marcelo Gomes.

No que tange à Influenza, o predomínio é de registros da H3N2, sendo que Gomes reforça a importância de que a população se vacine contra a doença, visto que o imunizante já está disponível à população brasileira. A imunização, segundo o coordenador da Infogripe, teve um índice baixo até agora e aquém da cobertura ideal para o Brasil. “Assim como a da Covid-19, a vacina da gripe tem como foco evitar internações ou agravamentos associados ao vírus. Por isso, é fundamental que não deixem a vacinação para depois”, ressalta Marcelo.

Predomínio da Covid-19 entre casos de SRAG

“No geral, os dados seguem apontando para o amplo predomínio do vírus Sars-CoV-2, especialmente na população adulta, porém mantendo queda. Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 15.9% para influenza A; 1.3% para influenza B; 9% para vírus sincicial respiratório (VSR); e 49.7% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 2.5% para influenza A. 0.0% para influenza B; 0.0% para VSR; e 90.7% para Sars-CoV-2 (Covid-19)”, informa a Fiocruz.

De acordo com a fundação, não aconteceu alteração significativa na distribuição etária dos casos de SRAG por Covid-19 nos últimos meses, sendo que as internações prosseguem com um perfil etário considerado relativamente estável. “As crianças de 0 a 4 anos se mantém com um percentual entre 5 a 10% das internações semanais por Covid-19 – o grupo fica atrás somente da população acima de 60 anos. Essas crianças também são o segundo grupo mais afetado por internações por Covid-19 quando se leva em conta o tamanho da população, novamente ficando atrás apenas das faixas etárias acima de 60 anos”, detalha a assessoria.

Paraná e Curitiba

O Paraná, junto a outros 25 estados do Brasil, apresenta redução dos casos de SRAG nas últimas semanas. Apenas Amapá e o Distrito Federal (DF) demonstraram “sinal moderado de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 38”. Entre as capitais, Curitiba está entre as 24 com índices de controle e queda da Síndrome no Brasil. Apenas Cuiabá (MT), Macapá (AP), plano piloto e arredores de Brasília (DF), e São Paulo (SP) “apresentam crescimento na tendência de longo prazo até o mesmo período”, informa. “Nas demais, há queda ou estabilidade na tendência de longo prazo e estabilidade nas semanas recentes (curto prazo)”, finaliza a Fiocruz.


Com informações da Fiocruz

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